Resenha

THE NOVEMBERS - GIFT

07/05/2013 2013-05-07 00:01:00 JaME Autor: Christine Tradução: sakurazuka, Shin

THE NOVEMBERS - GIFT

Como um sonho, nebuloso e essencialmente edificante.


© THE NOVEMBERS
Mini-álbum CD

GIFT

THE NOVEMBERS

O THE NOVEMBERS é uma banda de rock alternativo shoegaze que foi formada em 2005, e lançou seu CD de estreia em novembro de 2007. Seu terceiro mini-álbum, GIFT, que é baseado em torno do conceito de “nascimento”, é uma tentativa da banda de fundir mais sons pop em sua música, e é como um sonho, nebuloso e essencialmente edificante.

Começando lenta e misteriosa, com grupos de notas dispersos, então lentamente introduzindo cordas, bateria impositiva, vocais altos e etéreos e uma trombeta crescente, Moiré é uma abertura exuberante que parece espalhar-se amplamente à sua frente, tomando forma e crescendo em intensidade e volume até você se perguntar como ela poderia ficar ainda mais grandiosa. Chegando a um clímax impressionante e emocional, sente-se que seus mais de oito minutos de execução são completamente justificados.

A próxima música, outro destaque, Harem, parece vertiginosa e hipnótica. Com muitas repetições de “odorimashou” (“Vamos dançar?”), você tem a sensação de girar em círculos mesmo sem os rodopios da câmera e os movimentos da dançarina no PV. Gentil como a música é, é quase um choque quando o vocalista Yusuke Kobayashi canta “fuck you” no segundo verso. Além dos elementos etéreos nesse PV, ainda há uma irregularidade refrescante nela que ajuda a manter os pés na realidade—que a impede de se tornar apenas um belo escapismo.

Reunion with Marr tem um som de rock dançante e vocais crescentes que fazem um excelente par com as letras curtas e rimadas. É uma mudança bem-vinda após as faixas mais longas e mais lentas. Letras obscuras como “Nós todos somos fracos / Sem exceção” e “Formando um enxame ao redor da comida saudável para mordê-la / Fiquei com cianose por apertar demais o cinto de segurança”, entretanto, mantem a sensação introspectiva.

U TOM NAKARA é solitária e nostálgica—combinando com as imagens de procurar carrosséis e voltar para casa em ruas ensolaradas—com choro e cordas suaves. Agradável de se ouvir como ela é, e por mais impressionante que o grande alcance de Kobayashi torne-se ao longo da faixa, infelizmente, ela fica um pouco sentimental e clichê. As coisas voltam a “pegar” com Slogan, porém, que é a mais convencional música de pop-rock do EP, e uma mudança bem-vinda após a angústia da faixa anterior.

Finalmente, a faixa-título começa com uma concentração um pouco surpreendente de instrumentos de sopro. Novamente, os altos e sussurrados vocais brilham. Há uma sensação de intimidade sobre ela, também, como se Kobayashi estivesse cantando ao seu lado, que é apenas aumentada por uma parte da letra onde diz “Gomen ne”, “Oyasumi”, etc., como se estivesse falando diretamente com o ouvinte.

No geral, embora existam indícios de escuridão no EP, falta a agressividade de alguns trabalhos anteriores da banda. GIFT aspira agradar tanto aos fãs de música alternativa quanto os de música pop, e é bem-sucedido em seu objetivo, mas, se você está procurando pelos gritos ásperos de dnim, ou a guitarra ruidosa e o baixo intenso de músicas como Kowareru, você não irá encontrar muito aqui. Entretanto, as três primeiras músicas são incrivelmente belas e, se você está procurando por algo sonhador e predominantemente otimista com um pouco de pungência, você irá amar este mini-álbum. Se não, o THE NOVEMBERS anunciou que seu próximo mini-álbum será uma reação a este EP, lidando mais com o conceito de morte, então os fãs de seu som mais áspero e sombrio podem se interessar mais por Fourth wall.

Também vale a pena notar que a discografia do THE NOVEMBERS, até e inclusive GIFT, está disponível em vários países através do iTunes.

O vídeo para Harem pode ser visto abaixo.



Se você acha que Fourth wall pode ser mais a sua cara, cheque seu nefasto PV novo para dogma.

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