Resenha

[Champagne] - Me No Do Karate.

29/08/2013 2013-08-29 00:01:00 JaME Autor: Hanamogeraed Tradução: youko, Shin

[Champagne] - Me No Do Karate.

Algumas canções dão um belo soco no quarto álbum da banda.


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Álbum CD

Me No Do Karate. (Limited Edition)

[Alexandros]

A banda de indie rock [Champagne] encontrou grande sucesso desde seu álbum de estreia em 2010, lotando locais enormes como o Shibuya-AX e até indo para o Reino Unido para tocar ao vivo. Seguindo três álbuns bem recebidos, seu quarto álbum completo foi lançado em 24 de junho com um título que aparentemente foi escolhido aleatoriamente Me No Do Karate..

Assim como com seus lançamentos anteriores, esse álbum é cheio de muitas canções de rock altas e satisfatórias em vários aspectos. Não parece começar desse jeito, e pode até ter algo arranhando suas cabeças enquanto a música de início Rise começa com um reles teclado, como se fosse um retrocesso a um álbum pop dos anos 90. Felizmente, quando o falsete de Yoohei aparece, ele traz de volta o rock do Champagne], embora em um tom mais sério do que o normal para o quarteto. O profundo e rápido bumbo de Satoyasu é dominante, um movimento sombrio para essa faixa surpreendentemente pesada, ainda que agradável. Com seu refrão vibrante e som profundo seria um hit instantâneo em um grande show ao vivo.

Canções como Stimulator e Kick & Spin relembram o material antigo mais do que as outras. A primeira é barulhenta e divertida com um interessante quase tenso verso antes da chegada explosiva do refrão. É quase uma vergonha que eles tenham sentido que tinham de adicionar um pouco do velho dubstep “wub wub” próximo ao final, algo que está difusamente enterrando suas raízes em todas as formas da música japonesa nos dias de hoje. A segunda prende a atenção mais com seu riff repetido e atordoante, assim como ritmos intricados a melodia da guitarra principal, que rouba a cena.

O pop foi adicionado à mistura também. Eles são capazes de jogar sua força total numa música como a fresca e edificante Starrrrrr, que é tão memorável quanto é instantaneamente contagiante. Tendo sido escrita para a parceria de rock como água brilhante Gerolsteiner, “Gerock”, os rapazes realmente tiraram inspiração da bebida para criar uma faixa pop-rock que é efervescente e viva. Por outro lado na faixa Travel, é um pouco mais “[Champagne] encontra o country”. Os vocais intensos de Yoohei com uma vibração de sotaque americano empurram essa canção por todo o caminho até americana Cheeseville e senta fora de ordem com as outras canções.

Wanna Get Out é uma faixa intrigantemente misturada. Encaixada entre a curiosa introdução e terminando com batidas de gongo estereotipadas e guitarra chinesa pentatônica jovial é um recheio suculento cheio de baixo de funk, frases ininterruptas, síncope repentina, punk rock e um mundo de bateria rítmica deliciosa. É uma canção onde todos têm seu momento: a extraordinária linha de baixo de Hiroyuki nos versos combina perfeitamente com a maneira afiada como o vocalista entrega as linhas com metade canto e metade rap; Masaki nos dá o simples e brincalhão riff chinês, mas também um improviso de arrepiar e solos rápidos e complexos; Satoyasu toca bateria como um demônio, tendo que lidar com trocas repentinas de ritmo abruptamente parando e começando e então apenas sacudindo como uma metralhadora assustadora. “Quero sair desse lugar para ter um prazer turco”, de fato.

Os rapazes dizem que foram inspirados pela banda de rock britânico Oasis, mas normalmente não há muito de seu som para ser ouvido nas composições do [Champagne]. Há pistas disso nesse álbum, contudo: o rock mais relaxado de Forever Young é um exemplo, com sua bateria incomumente despojada e melodia simples apesar de cativante soando como um cumprimento para os Gallagher e cia. Um clima parecido está em outras das mais inofensivas canções, Namida ga koboresou; e This Is Teenage é distintamente rock britânico dos anos 90 com sua juventude simples e atitude despreocupada como sugere seu título.

O quarto álbum da banda definitivamente traz bastante coisa, desde o rock pesado até o pop nostálgico. Algumas das músicas necessitam do ataque que normalmente seria esperado deles, mas todas as faixas fortes mais do compensam isso. Pode ser “Me No Do Karate.”, mas os rapazes provaram que conseguem socar1.

Confira os MVs bizarros de Kick&Spin e Stimulator abaixo.






N.T.: Como dito na entrevista mencionada no primeiro parágrafo, Yoohei menciona um episódio em que todo mundo dizia para ele “Ei, Karatê! Judô!” na Síria, e ele não fazia Karatê. Dessa forma, o álbum foi nomeado Me No Do Karate. Em inglês, foi feita uma excelente analogia com a expressão “pack a punch” que quer dizer socar forte em um briga ou também impressionar, influenciar. Assim, para manter o sentido original, deixamos os termos em relação a soco e socar, que fazem referência a impressionar nesse texto.
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