No final dos anos 80, Kiyoharu e Hitoki decidem abandonar o Garnet para formar sua própria banda, juntamente com Masaru (ex-Oblivion Dust), o qual é rapidamente trocado por Shin, esses três fazem a formação original do Kuroyume (="sonho negro").
Primeiramente o som deles é um tanto quanto dark-gótico. Seu primeiro álbum (indie), Iketeita Chuuzetsuji foi lançado em 1993, na verdade ele é uma versão em cd, de sua demo-tape. Então vem um novo álbum, nakigara o em 1993.
Graças à boa reputação de seus shows, e do sucesso de seus álbuns, eles assinam com a gravadora Major, Toshiba EMI em 1994, e lançam seu primeiro álbum major: Mayoeru Yuritachi . Mais uma vez, uma atmosfera gótica, porém um pouco mais rock dessa vez
com excessão do single for dear que é um pouco mais pop.
Nesse mesmo ano, eles lançam seu primeiro mini-álbum major: Cruel. De novo, bem dark, mas com um pequeno toque punk, dessa vez.
Ainda, apesar de seu sucesso, o Kuroyume continua tentando achar seu som próprio, sua identidade. Após um tempo, Shin, que tinha composto a maioria das músicas até então, decide sair da banda, por causa das tão famosas diferenças musicais.
Kiyoharu e Hitoki então tiveram que escrever todas as músicas para o seu álbum seguinte: Feminism, o segundo álbum major do Kuroyume lançado em 1995. E a mudança aqui é radical: A atmosfera desse álbum é muito mais pop, apesar de que algumas músicas no estilo punk permanecem, como: Unlearned Man ou Kamikiri.
Em 1996, com o álbum Fake Star, a banda finalmente cria maturidade, porém permanecendo experimental de alguma forma. Dar uma definição desse álbum é simplesmente impossível: pop, rock, punk, algumas vezes até reggae, com incríveis solos de guitarra, alguns arranjos de teclado, e etc,... Provavelmente um álbum que dá uma das melhores representações da diversidade musical na música visual desses tempos.
1997 dá adeus a experimentação musical. Kuroyume nos mostra seu lado punk com Drug Treatment: mais de 1 milhão de cópias desse álbum serão vendidas! Isso soa muito (e obviamente proposital) rude/bruto, como se quisessem mostrar que, não somente eles conseguiram se administrar e não cair em armadilhas comerciais, mas também eles são uma das raras bandas major a manter seu espírito bem underground.
Realmente, Kiyoharu e Hitoki preferiam tocar shows em casas com uma atmosfera mais íntima, do que ter que encarar milhares de pessoas. O álbum e o video do show do Kuroyume em Shinjuku Loft, somente prova essa sensação.
Nota: por causa da música Drive, Drug Treatment e o show, Live at Shinjuku Loft tiveram o tão famoso selo: "Parental advisory: Explicit lyrics!... ·.
O quinto álbum do Kuroyume vem em 1998: Corkscrew, bem punk novamente, com alguns toques ska, aqui e ali. As únicas excessões são os singles: Shounen e Maria.
No início de 1999, Kiyoharu e Hitoki decidem parar com as atividades do Kuroyume, alegando problemas de saúde com Hitoki... Mas isso não impediu a criação de duas novas bandas após isso: Sads para Kiyoharu, continuando o som punk dos últimos álbuns do Kuroyume, e Piranaheads para Hitoki.
Contudo: Kuroyume foi uma das raras (a única) banda a se tornar mais e mais agressiva com o tempo, enquanto que a maioria das bandas se tornam mais e mais suaves depois de se tornarem Major. Esse provavelmente pode ter sido a razão de seu sucesso.