No verão de 1986, os membros do Spitz passaram para o ensino superior. Foi na Universidade de Arte Tokyo Zokei que Kusano e Tamura se conheceram. Ono Atsushi se uniu à banda como baterista. Com o nome The Cheaters, eles acharam que o mais importante era seu impacto na audiência.
O The Cheaters causou impacto com sua apresentação de 365 no March, de Suizenji Kiyoko. Em lugar do tradicional enka, a banda optou por um arranjo punk. Eles também fizeram um cover de uma música apresentada por Banban, Ichigo hakushou wo mou ichido, no estilo do Black Sabbath.
Devido ao grande peso de ser o vocalista e guitarrista, Kusano recrutou Nishiwaki Taku para a banda, e, com sua sugestão, rebatizou a banda com o nome The Spitz. Kusano, um grande fã de THE BLUE HEARTS, foi desencorajado das atividades da banda quando percebeu que o THE BLUE HEARTS havia alcançado o estilo musical que eles desejavam, então o The Spitz acabou.
Em 1987, Kusano foi para a Universidade de Arte Musashino, mas manteve sua amizade com Tamura, sempre visitando o amigo para tocar no Famicon da família (Nintendo Entertainment System). Devido a essa amizade, os dois decidiram voltar com a banda.
Apesar dos dois terem decidido se reunir, Tamura tinha muita vontade de recrutar mais um membro para a banda. Felizmente para os dois, Tamura pediu ajuda a outro de seus amigos de infância, Miwa Tetsuya. Miwa pediu ajuda a um amigo com quem estudou na Faculdade de Arte Bunka, Sakiyama Tatsuo. Os dois se conheciam há muito tempo e o amigo aceitou. Mais um golpe de sorte para esta banda foi que Sakiyamatinha alguma experiência em bandas anteriores.
Com a formação finalmente completa, o Spitz pôde começar suas atividades. Iniciando no outono, a banda se apresentou no Shinjuku JAM, Shibuya La Mama e Shibuya Yaneura. No começo de sua carreira, a influência do THE BLUE HEARTS era aparente em seu trabalho, tanto que o gerente do Shibuya La Mama deu um duro conselho à banda: "Vocês não têm futuro".
Além disso, Tamura se frustrou com seu estilo na guitarra e optou por um violão. Foi nessa época que o Spitz compôs alguns de seus clássicos, Koi no Uta e Hibari no kokoro. Finalmente, parecia que a banda começava a criar seu estilo próprio, e, em julho de 1989, fizeram seu primeiro show one-man no Shinjuku Loft. Em março seguinte, o Spitz lançou seu primeiro mini-album, Hibari no kokoro.
Quase um ano depois, o Spitz fez sua estréia silenciosa com o lançamento duplo de seu primeiro single e do primeiro álbum homônimo. Infelizmente, o boom das músicas de banda acabou e foi difícil para o grupo ganhar alguma atenção. Ainda assim, apesar de sua estréia em tempos não favoráveis para a indústria musical, o fato de serem únicos no mundo da música não passou despercebido e eles foram anunciados pelo ROCKIN’ ON JAPAN como a "nova onda dos anos 90".
No início, porém, o Spitz ganhou pouca admiração dos artistas major daquela década e brincava que eles eram os "sobreviventes do boom das bandas". Apesar de sua estréia major, o Spitz tinha bastante tempo livre devido a uma curta agenda de shows. Então, para se manterem ocupados, a banda se dedicou a escrever novo material e passou a maior parte do tempo no estúdio. No final de 1991 a banda lançou seu segundo álbum, e, em abril de 1992, o Spitz lançou seu primeiro mini-album com orquestra, com Tomoki Hasegawa. O grupo também apresentou um recital no dia do lançamento do álbum, junto com músicos que tocavam instrumentos de cordas, mas, devido à morte de Yutaka Ozaki no mesmo dia, a imprensa se concentrou mais na misteriosa morte de Ozaki.
Com o lançamento de seu terceiro álbum, o Spitz começou a ampliar seus horizontes. Com o entusiasmo crescente, a banda percebeu que eles ainda tinham que alcançar o Top 100 nas listas da Oricon. Apesar da banda não ter tanto interesse nas paradas no início, eles começaram a se sentir culpados por sua gravadora apoiá-los todo o tempo. No ano seguinte, o Spitz começou a trabalhar com seu primeiro produtor: Masanori Sasaji.
Com sua confiança renovada, o Spitz começou a gravar seu novo álbum e, de março a agosto, a banda fez um show por mês no SHIBUYA ON AIR. A banda se concentrou na criação de temas originais para cada show e foram bem recebidos pelo público que os assistiu. Apesar das grandes esperanças de que seu quarto álbum de estúdio, Crispy!, fosse atingir uma boa posição na Oricon, o álbum não ganhou popularidade e Kusano perdeu a confiança em sua habilidade de escrever e em sua voz.
O lançamento de Kimi ga omoide ni naru mae ni, tirado do álbum, foi a primeira música que ganhou uma posição na Oricon e fez com que a banda ganhasse algum interesse por parte do público. Com o lançamento de seu quinto álbum, Sora no tobikata, a banda alcançou o Top 20, com o álbum chegando à 14ª posição. No mesmo ano, o Spitz se tornou alvo de uma intensa cobertura da mídia, com aparições no Music Station, POP JAM e Count Down TV.
Em 1995, o Spitz alcançou o Top 10 da Oricon com o single Robinson, que ficou na 9ª posição entre os singles mais vendidos do ano com mais de 1.6 milhão de cópias. Com Namida ga kirai, o Spitz alcançou o segundo lugar e mal podia acreditar que o sucesso finalmente vinha em sua direção. Sua popularidade se tornou óbvia para eles quando eles participaram do evento MEET THE WORLD BEAT '95 em Osaka e receberam aplausos entusiasmados da platéia.
Em outubro aconteceu a primeira turnê completa da banda, com o grupo apresentando mais de 40 shows. Em janeiro de 1996, Sora mo toberu hazu foi usada como tema de um dos afiliados da Fuji TV e se tornou o hit número um da banda. Este foi o primeiro de muitos sucessos do Spitz naquele ano, com Cherry vendendo 1.610.000 cópias. Seu sétimo álbum, Indigo chiheisen, foi lançado em outubro e, para acompanhar este lançamento, o Spitz começou uma turnê com 70 datas.
Em 1997 (o ano do décimo aniversário da banda), seu produtor, Sasaji, deixou sua posição e os membros decidiram que não poderiam depender de sua administração para sempre. Determinados a andarem com seus próprios pés, o Spitz lançou seu oitavo álbum, co-produzido pela banda e Yuichi Tanaya. Foi em 1998 que um dos seus mais proeminentes membros-suporte, Hiroko Kuji, se juntou à banda nas turnês como tecladista.
Em 1999 a banda lançou uma coleção de músicas com o apoio do produtor Ryomei Shirai. No mesmo ano, o Spitz compôs material em solo nativo e no Ocidente, com as músicas Haru natsu Rocket e Memories sendo produzidas em Los Angeles, Estados Unidos.
Enquanto os membros se concentravam em sua produção fora do Japão, seu primeiro álbum best of foi lançado no país. O RECYCLE Greatest Hits of SPITZ causou controvérsia, uma vez que a banda não queria que uma compilação de seus lançamentos fosse lançada até que terminassem sua carreira. Para sua decepção (e relutância), o álbum foi lançado e obteve grande sucesso, com mais de dois milhões de cópias vendidas. Em desafio, o Spitz não inclui o álbum na discografia de seu site oficial.
Shokichi Ishida foi contratado como produtor da banda no ano 2000 e o grupo começou a gravar a sério. O Spitz estava agradecido pela honra de trabalhar com um de seus contemporâneos, uma vez que Sokishi era conhecido no Japão por seu trabalho no álbum SCUDELIA ELECTRO. O resultado deste dedicado trabalho foi Hayabusa, um álbum no qual o Spitz se libertou de sua imagem mais conhecida e buscou um sabor mais rock.
Notavelmente, desde que Sasaji deixou o posto de produtor, o Spitz pôde contar com a ajuda de diversas pessoas em seus trabalhos, e, em 2001, a banda apresentou Seiji Kameda como seu novo produtor. Kameda é conhecido como o produtor de Shiina Ringo e guitarrista do Tokyo Jihen.
2003 foi um ano calmo para a banda, e apenas em 2004 o Spitz lançou Star Gazer, que chegou ao número um da Oricon. Em março a banda lançou seu segundo álbum especial, que incluía músicas novas.
Em 2006 a banda comemorou o 15° aniversário desde sua estréia e lançou uma coleção completa de singles para comemorar. O ano seguinte foi o 20° desde que se uniram como banda e eles se apresentaram no ZEPP TOKYO em agosto. Com o lançamento de seu 12° álbum em outubro e uma turnê pelo Japão começando em dezembro, o Spitz pode ser considerado um dos gigantes da indústria da música japonesa e, com um talento como o deles, podemos esperar que a banda continue por anos.