Resenha

exist†trace - WORLD MAKER

08/01/2015 2015-01-08 00:01:00 JaME Autor: Victor Tradução: Kirarah

exist†trace - WORLD MAKER

exist†trace estabelece um novo mundo cheio de surpresas sónicas.


© exist†trace
Álbum CD

WORLD MAKER [Regular Edition]

exist†trace

Muito tem sido feito do exist†trace, a mais conhecida, embora não a primeira, banda só de mulheres visual kei. As meninas rugiram para a cena há uma década, e deixaram uma impressão muito forte nos fãs do movimento. As reações variaram desde mulheres contentes por finalmente se verem representadas em seu gênero favorito, a homens que ficaram impressionados com os vocais fortes e o peso de sua música. exist†trace ajudou a abrir uma porta para as mulheres artistas visual kei tomarem o centro das atenções e continuarem orgulhosamente no ápice dessa particular pirâmide.

Mas isso são notícias passadas. Tendo mudado o cenário visual kei para sempre, a banda agora tem como objetivo se tornar verdadeira inovadora da música. Seu som sempre foi um pouco diferente do usual, mas lançamentos antigos como Ginger viram o aumento cada vez maior da experimentação com o seu estilo. Agora, com WORLD MAKER, essas cinco mulheres talentosas estão tomando uma nova posição. Um novo mundo fantástico foi de fato criado, tal como o título do álbum anuncia.

Apropriadamente, a primeira faixa é intitulada WORLD MAKER e concretamente cria a atmosfera para o resto do álbum mais orientado para o pop do que qualquer coisa que exist†trace já tentou antes. No entanto, escrever a canção como um mero "pop" seria privá-lo do impacto deixado pelo estranho, sonhador e esperançoso que permeia por toda a faixa. O single DIAMOND vem em seguida; um número agressivo e eletronicamente dirigido que realmente mostra a extensão da capacidade atual da banda. Spiral Daisakusen, outra faixa do single, embarca em seguida deixando claro através de seu som incomum de rock-disco que, apesar de sua recente mudança para um som mais mainstream, a banda ainda tem uma quantidade incrível de variedade para oferecer.

JUST ONE é o primeiro dueto entre Jyo e miko, um marco no esforço recente do grupo. Como sempre, as duas se complementaram bem, fazendo da faixa outro grande número de hard rock explodindo de emoção. As coisas abrandaram para Imagination, uma canção meio blues tingida de funk que ainda consegue ser divertida, apesar do estilo mais descontraído.

A canção seguinte, Feel, toma uma direção diferente da anterior. A faixa zumbe ameaçadoramente com cada instrumento acrescentando grandeza à atmosfera geral. Contudo, é Jyo quem realmente vende a canção enfiando tanta emoção quanto pode. Após uma ponte significativamente mais leve, a canção mergulha de volta para território mais escuro deixando uma impressão maravilhosamente assustadora.

Outra faixa excelente, SHOOTING STAR, trouxe de volta o clima. Como DIAMOND, ela é outra hard rock com elementos eletrônicos proeminentes. Ao contrário de DIAMOND, SHOOTING STAR tem uma sensação de pulsação e uma atitude muito mais palpável. Além disso, os bips eletrônicos e zumbidos criam uma atmosfera "mais espaçosa" em sintonia com o tema cósmico do título. A ponte é uma totalmente inesperada free-for-all eletrônica, mas é uma agradável surpresa ao invés de uma invasão indesejada.

Jyo sempre foi um dos trunfos mais importantes da banda, com uma voz que foi e que ainda continua desmesuradamente poderosa. Em Antique Doll ela consegue mesmo brilhar e os berros emotivos dela soam altos sobre qualquer faixa frenética e envolvente. Kuchibiru vem logo depois e, sobretudo, é uma música boa para um show ao vivo. A participação do público está praticamente embutida na música graças a uma boa dose de sons de palmas, mas a composição num todo tem um feeling mais cru que implora por mais performances ao vivo.

A sombra do passado da banda pode ser sentida em RAZE, uma faixa assertiva que volta atrás nos dias iniciais do exist†trace de uma maneira e modo de composição bastante metal. Já passava algum tempo desde que Jyo soltava um daqueles incríveis rugidos, mas os berros mais controlados em RAZE devem saciar os apetites dos fãs que sentem faltam dos antigos dias da banda. Graças a algumas seções mais animadas, no entanto, a música é um belo híbrido do novo e do velho.

Enquanto o álbum se acalma, os ouvintes são presenteados com uma agitada balada do exist†trace à maneira de Nagai Yume no Owari ni. Calma ao início, a música gradualmente constrói um clímax apaixonante que coloca toda a habilidade de Jyo em primeiro plano. O álbum termina com VOICE, uma dura e enérgica faixa que fecha o álbum com um estouro fantástico.

Além der ser a maior banda visual kei feminina do Japão, sempre houve algo de especial no exist†trace. Não há mesmo ninguém como elas, como evidencia a sua contínua originalidade, não importa onde elas estão na escala de popularidade. Em seu tempo mais dark, as moças ainda conseguiram criar canções fortes, sinceras ao contrário de qualquer outra coisa naquele momento. A maioria das bandas suavizam uma vez que atingem as grandes ligas, mas mesmo ao fazê-lo, esta tem dado tanto aos fãs como aos novos ouvintes algo único. Com WORLD MAKER, a banda tem realmente criado um novo mundo fascinante que está aberto a todos. Com exist†trace à sua frente, é um mundo que certamente vai viver.

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