Resenha

ADAMS - SEXPLOSION

21/03/2015 2015-03-21 00:01:00 JaME Autor: SaKi Tradução: Nasake, Shin

ADAMS - SEXPLOSION

A banda ADAMS se reinventou musicalmente com seu mais novo álbum SEXPLOSION.


© ADAMS
Álbum CD

SEXPLOSION

ADAMS

Desde o início, a ADAMS não deixa dúvidas que se mantém verdadeira ao seu lema: Original. Revolucionária. Atemporal. Dessa vez, novamente, eles se reinventaram completamente com SEXPLOSION. O novo álbum teve pré-lançamento exclusivo com o início de sua terceira turnê europeia, de título homônimo, que começou em 20 de fevereiro em Helsinki, na Finlândia.

Shota, produtor e guitarrista responsável por escrever todas as canções, usou o verão de 2014 para receber inspiração musical da quente e vibrante Europa. Assim como ele havia anunciado em nossa entrevista, o som da ADAMS passaria por uma grande mudança em direção a um som mais eletrônico com o próximo lançamento. Assim sendo, a banda embarcou em uma jornada completamente nova juntamente com suas EVES.

Apesar de o álbum anterior, SIXNINE, ter sido bastante pesado no rock, a primeira faixa de SEXPLOSION, LOVE ME, começa com uma verdadeira explosão, deixando bem claro que a dupla deixou sua imagem de j-rock/j-pop para trás. A canção é dominada por camadas de sons eletrônicos obscuros e bastante dançáveis, enquanto a voz bastante elevada de Adam exige por diversas vezes: "love me!" (me ame, em inglês). Após somente dois minutos e meio, a primeira poderosa faixa termina rápido depois, especialmente considerando o fato de que LOVE ME tem tudo para ser umas das melhores canções do álbum. Transmitindo o clima de uma noite quente em um clube europeu, dançando até que a luz da manhã surja enquanto os protagonistas se tornam cada vez mais próximos, você com certeza gostaria de aproveitar essa canção por muito mais tempo.

Durante a próxima música, WHY, que começa com a voz distorcida de Adam e um quadro gradualmente mais eletrônico, Shota dá suporte ao vocal com algumas partes em rap, trazendo à tona memórias de canções como Like A Dance ou, em alguns momentos, Bittersweet. Adam volta durante o refrão, sendo responsável pela maior parte do vocal, como de costume. Porém, Shota consegue reivindicar boa parte da atenção por inúmeras vezes. Apesar de a letra falar sobre amor perdido, como a maioria das letras da ADAMS até então, as batidas frias e quase monótonas falham em transmitir esse sentimento com a mesma intensidade que canções como Boku no Sei ou Akisame fizeram no passado.

Baddest Crown mistura diferentes elementos para criar um todo bastante poderoso. A introdução é calma, quase delicada, mas alguns poucos segundos depois, ADAMS torna claro que essa canção irá combinar a maioria dos componentes que definem seu atual estilo. Apesar de a guitarra de Shota ser distorcida eletronicamente durante boa parte da canção, a voz flexível de Adam forma um lindo contraste com ela. Linhas de vocal límpido lutando contra rápidos raps, às vezes como se a voz de Adam se misturasse com todo o arranjo, fazem com que a voz seja mais um instrumento musical. Mudanças constantes de estilo e ritmo mantêm o ouvinte ocupado, tornando essa faixa uma escolha promissora para balançar os fãs durante os shows.

A quarta canção, HERO -Dear Eves my precious broken piece-, é uma das duas canções de ritmo acentuado desse álbum, formando uma ponte entre o antigo e o novo estilo da ADAMS. A faixa é bastante melódica, cativante e com um quê de rock. As EVES com certeza irão amá-la e mal poderão esperar para ouvi-la ao vivo. A ponte e o refrão podem ser lembrados facilmente, fazendo com que os fãs cantem junto.

blind começa com um tom mais calmo no início (usando até mesmo um violão durante os primeiros segundos), apesar de não haver nenhuma verdadeira balada em SEXPLOSION. Os elementos eletrônicos são massivamente reduzidos, sendo deixados em segundo plano, e o arranjo puxa mais para o rock. A linha de guitarra que percorre toda a canção é constante e elaborada, enquanto a voz repleta de emoção de Adam canta sobre, é claro, amor. Talvez isso não aconteça na primeira vez que você escutar, mas já na segunda vez blind irá criar raízes em sua cabeça e nunca mais sairá de lá. É, com certeza, uma canção para aproveitar com os olhos fechados, somente a absorvendo em toda sua profundidade.

Geemu setto (Game Set) continua na mesma linha musical de blind, focando em guitarras livres de distorções e melodias límpidas, quase completamente intocada por sintetizadores. No geral, é a canção que faz os ouvintes se lembrarem da maior parte dos trabalhos anteriores da banda, como, por exemplo, Stand Up. Apesar de ADAMS não ter a herança de componentes eletrônicos, eles possuem um peso especial em SEXPLOSION, já que o álbum brinca tão intensamente com sintetizadores e elementos distorcidos.

Após faixas que lembram muito canções anteriores, a banda dá início a um capítulo completamente novo com Darling. Synth-pop dos anos 70 se encontra com arranjos do pop moderno e elementos de R'n'B. Essa canção atinge o ouvinte de uma maneira completamente inesperada e é incrivelmente diferente de tudo que a ADAMS já fez até então. No quesito qualidade, ADAMS mostra principalmente como eles conseguem fazer canções serem de melhor qualidade e certeiras. Com essa sétima faixa, torna-se incrivelmente claro o quão grande realmente é o alcance dessa banda. Você se encontra pensando sobre o que a ADAMS não consegue fazer musicalmente e para onde será a próxima jornada musical deles.

Ao contrário disso, S.E.X transmite exatamente o que o título promete. Enquanto o álbum anterior SIXNINE possuía uma introdução, SEXPLOSION foi decorado com um interlúdio, guiando o ouvinte de volta ao mundo dos sons eletrônicos e obscuros após a estilisticamente impressionante Darling. Com isso, os arranjos são notavelmente mais consistentes e temporizados de forma mais precisa, em comparação
à introdução mencionada.

E com Wolf, novamente mais uma das melhores canções desse álbum começa. Uma faixa eletrônica incrivelmente poderosa que brinca de modo maravilhoso com tons de sintetizador, a guitarra de Shota e a voz dominante de Adam às vezes se misturam com o restante, e às vezes a melodia dá espaço para que cada elemento brilhe sozinho. Os fãs da banda com certeza mal poderão esperar para ouvir essa canção ao vivo durante a turnê da ADAMS na Europa, que será a terceira na carreira deles.

Tradicionalmente, a banda encerra seus álbuns em tom animado. No primeiro álbum, Neo Sexual, foi Stand Up; no álbum seguinte SIXNINE eles escolheram YOAKEMAE, para a qual, somente como um parênteses, a banda lançou recentemente um novo PV. SEXPLOSION não foi diferente: nesse álbum esse papel fica com Fly through the sky, na qual o guitarrista Shota se junta vocalmente ao Adam para mais partes em rap e uma segunda voz durante os refrãos. Na verdade, essa canção evoca a sensação de ser capaz de voar através de um céu azul aberto e sentir o ar debaixo de suas asas. É uma conclusão digna para esse álbum, deixando um sentimento acolhedor com o ouvinte.

É, na verdade, difícil resumir esse álbum. ADAMS explora novos caminhos sem hesitação. Mesmo assim, eles não esquecem suas raízes, que são inseridas em seu novo som em alguns momentos. A mistura constante de estilos torna esse álbum interessante, com o produtor Shota trabalhando com todas as experiências que ele acumulou durante sua estadia de verão na Europa no novo estilo da ADAMS. Porém, nem todas as canções no SEXPLOSION parecem ser tão fortes assim. Sem dúvida, é um trabalho árduo transmitir sentimentos melancólicos e repletos de camadas com um arranjo puramente eletrônico e uma batida dançante. Eles não conseguem sempre combinar o conceito de amor universal da ADAMS com seu estilo atual, mas frequentemente fazem com que o milagre aconteça. Certamente, a banda mostrou sua versatilidade musical e sua perícia em estilos variados. É seguro dizer que esse álbum pode ser visto como uma promessa para o futuro, onde podemos esperar muito dessa dupla. A ADAMS seguramente nunca se torna monótona. Mas, por enquanto, é hora de apresentar suas novas canções aos fãs europeus na futura turnê SEXPLOSION que passará por 30 palcos em mais de treze países.

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