Recentemente, tivemos a oportunidade de fazer
uma entrevista exclusiva com o FAKY, um
grupo feminino japonês, que tem conquistado fãs pelo mundo com as suas músicas
cativantes e letras empoderadas e atrevidas. Desde a sua estreia há oito anos,
o FAKY tem se apresentado
pelo mundo em diversos eventos e, no ano passado, estiveram pela primeira vez no
palco principal da edição online do festival de música do grupo Avex, a-nation.
Descubra o que as meninas nos contaram sobre
esta nova experiência, seus últimos lançamentos e como a pandemia afetou suas
vidas!
No ano passado, vocês se apresentaram pela
primeira vez no palco principal do festival de música a-nation. Como
vocês se sentiram?
Lil’ Fang: Eu estava super emocionada, já que subir naquele
palco era um dos objetivos que defini ao entrar para a avex. Eu nunca vou me
esquecer do sentimento de união que todas nós do FAKY sentimos quando nos
esforçamos para entregar a nossa música ali, especialmente aos fãs dos outros
artistas.
Mikako: Estou muito grata pelo FAKY ter tido a chance de
se apresentar todos os anos no a-nation, desde a
nossa estreia, incluindo no primeiro a-nation online
no ano passado. Contudo, quando penso no a-nation,
imagino um estádio cheio no calor do verão, onde os fãs estão curtindo a nossa
música, transbordando paixão e energia. Para ser honesta, eu não tinha certeza
se seria a mesma experiência em um show online… mas logo percebi que mesmo
online podíamos sentir a emoção e a energia dos nossos fãs. Antes que eu
percebesse, meus medos sumiram. Fico muito feliz que conseguimos trazer o verão
no a-nation!
A pandemia do coronavírus fez de 2020 um ano
muito difícil para a indústria do entretenimento, e parece que a situação
continuará assim em 2021. O que vocês gostariam de fazer quando as coisas
voltarem ao normal (como artista e na vida pessoa)? Do que mais sentem falta
nessa situação?
Taki: Quando as coisas voltarem ao normal, a primeira
coisa que eu gostaria de fazer é viajar. Eu gostaria muito de voltar às
Filipinas, mesmo que só por poucos dias. E, também, poder finalmente sair sem
máscara. Para o grupo, eu gostaria que pudéssemos fazer shows com um público de
verdade na nossa frente e não apenas câmeras.
Hina: Quero fazer um show no exterior. Em 2019, conseguimos
visitar muitos países para nos apresentar, e foi uma experiência incrivelmente
especial compartilhar a nossa música diretamente com os fãs. Espero muito que
tenhamos a chance de ir ao exterior encontrar os nossos fãs em breve, principalmente
porque eles sempre apoiaram o FAKY, mesmo de
longe.
Vocês tentaram algo novo durante a quarentena ou
aprenderam algo novo sobre vocês mesmas?
Akina: Durante a quarentena, eu passei a maior parte do
tempo criando! Foi a primeira vez que eu fui forçada a mergulhar sozinha nos
meus pensamentos, então escrevi muitas músicas e criei muitas obras de arte. Me
esforcei para não me deixar levar por pensamentos negativos, então me cerquei com
música, arte, livros, filmes e ligações para a minha família!
Taki: Na quarentena, é claro que passei o dia todo na
cama assistindo Netflix. Mas chegou um ponto em que enjoei da Netflix, especialmente
quando já tinha visto quase tudo. Então, comecei a trabalhar as minhas
fraquezas, a principal delas era a língua japonesa. Também voltei a pintar e
fiz contato com velhos amigos.
Vocês lançaram recentemente o MV The Light. A música parece ter um pouco da sensação dos
anos 1980/1990. O que podem nos contar sobre ela?
Lil’ Fang: Do estilo das roupas até os detalhes intricados
e pequenininhos do set, nós nos focamos em retratar a sensação daquela época. Sinto-me
grata de sempre termos a chance de nos desafiar e tentar coisas novas.
Hina: A letra de The
Light busca transmitir uma mensagem positiva – que está tudo
bem ser vulnerável, mostrar as suas fraquezas e simplesmente ser você. Ainda
mais agora que o mundo está enfrentando um momento tão difícil, esperamos
espalhar positividade através dessa música. E, também, a atenção aos detalhes
no cenário do MV, o estilo das roupas e a cinematografia contribuíram muito para
essa sensação dos anos 1980/1990 e para
a “vibe” pop.
2021 marca oito anos desde a sua estreia. Como
vocês sentem que o FAKY evoluiu durante
esses anos?
Lil’Fang: Nós ganhamos e aprendemos muito por meio de
todas as experiências que tivemos. Não apenas em termos de música, mas sinto
que cada uma de nós, com nossas personalidades diferentes, tornou-se melhor em expressar
os nossos pensamentos e o que queremos transmitir.
Mikako:Lil e eu,
como integrantes-fundadoras do FAKY, permanecemos
e passamos por duas mudanças de formação; isso nos levou a experimentar três
gerações do FAKY. Estamos
sempre evoluindo, seja através do nosso visual ou da nossa música. Mas quanto às
mensagens e aos pensamentos que queremos transmitir através da música do FAKY, não mudamos nesses oito
anos. Enquanto o FAKY existir,
gostaríamos de continuar a enviar a mensagem “O FAKY é incrível!”.
Se vocês pudessem dar ao seu eu do passado algum
conselho sobre ser membro do FAKY, qual seria?
Akina: Eu me daria vários conselhos! (risos) A gente
ouve isso de tantas pessoas, e é muito real... tenha confiança. Mesmo que você
não tenha 100% de confiança em tudo o que vai fazer, escolha algo para se
sobressair e exibir ao máximo! E uma vez que você provar a si mesmo que
consegue ser bem-sucedido nisso, faça novamente com outras habilidades para
continuar a se desenvolver! Quando comecei no FAKY, eu não sabia exatamente o
que queria mostrar ou compartilhar ou como queria me apresentar, e isso pesou
muito em mim. Eu tentei mostrar tudo ao mesmo tempo, colocando à prova o meu
canto e a minha dança, a minha presença de palco, ter uma personalidade alegre
e animada, ser bilíngue... Se eu tivesse focado em treinar uma área de cada
vez, acho que eu não teria me sentido tão sobrecarregada e Perdida no começo.
Lil’ Fang: Eu gostaria de dizer a mim mesma que não é só
importante confiar em si mesma e naqueles ao seu redor, mas se empenhar para se
tornar alguém confiável.
Akina, parabéns pelo seu
primeiro single de autoria própria, Gravity! O uso do cinza no vídeo e a maturidade da
letra parece separar o seu trabalho solo das cores e da “vibe” usual do FAKY. O que este novo lançamento significa para
você como artista? Como o seu primeiro single foi um cover, o processo de criação
mudou agora? Akina: Obrigada! Uma estreia solo era algo que eu
sempre quis explorar, já que tenho muitas ideias diferentes do FAKY! Eu componho melodias e
letras desde que era criança, e é muito bom finalmente gravar aquelas letras e,
eventualmente, compartilhá-las com todos. A Akina que sou no FAKY também sou eu 100%, mas
a Akina dos meus projetos
solo é o meu eu autêntico, que não aparece tanto quanto eu gostaria. Eu tenho
lados puros e vulneráveis que quero criar na música e ter o máximo possível de
pessoas se identificando! Apesar de ter uma paixão por criar música, também
acho que seja necessário dar crédito à inspiração que é devida, é por isso que
o meu single de estreia foi um cover. Eu amo Touch da Shura e quero me desafiar
a ver o quão diferente posso fazer esta música, sem perder a essência da
simplicidade e do coração partido que a original tem.
Mikako, o que a inspirou para
o estilo do MV? Como você se sentiu no papel de estilista?
Mikako: Como eu me senti dando uma de estilista de todos?
Bem, eu estou sempre buscando novas ideias no meu dia a dia; mesmo quando estou
com o meu estilista, aprendo mais um pouco sobre o processo. Além de agir como
estilista, o processo de criação, como pensar em como deixar as etiquetas das
roupas menos visíveis ou nas técnicas físicas envolvidas, é algo que eu tive
que me envolver e gostei muito de trabalhar de uma perspectiva diferente. Cada
integrante tem a sua própria personalidade e estilo, e eu sempre gostei de
encontrar uma roupa e pensar “Isso combina muito com você!” ou “Tente essa
roupa!”. É um sentimento incrível ver as integrantes usarem de forma tão linda
os estilos que eu escolhi para elas!
Taki, foi anunciado
recentemente que você fará parte do elenco do reality show “Koi to ookami ni wa
damasarenai”. Já que a Hina participou de
uma das temporadas anteriores de "Ookami", ela te deu algum conselho?
Taki: Para ser honesta, entrar no programa foi uma
grande decisão. É uma grande mudança no que eu já tinha feito, mas ter a Hina, que
já participou do programa, me deixou mais confortável porque pude fazer
perguntas. Eu vou pedir conselhos, sabendo que ela já conhece a minha
personagem e se eu sou capaz de faze-la. Ela me apoiou muito e ainda é a pessoa
que eu chamo quando algo me chateia.
Hina, recentemente, você
fez uma parceria com o rapper Novel Core no single Tenkiame. Ele já havia colaborado com o FAKY em uma versão alternativa da música half-moon e também se juntou ao grupo para cantar
essa música durante o a-nation.
Como foi trabalhar com ele?
Hina: Quando nos encontramos em um programa de TV,
conversamos sobre como seria legal colaborar e criar música juntos. Assim,
fiquei muito feliz de termos conseguido fazer essa colaboração logo. Também
fico muito grata que as outras integrantes possam aproveitar ambas as
experiências na música.
Há outros artistas que vocês gostariam de
colaborar no futuro?
Akina: Eu admiro tantos artistas diferentes que é quase
impossível escolher uma pessoa que gostaria de colaborar! (risos) Mas,
eventualmente, eu amaria fazer um single todo em inglês com algum nativo da
língua! Eu acho que seria tão legal ter um rapper americano em uma das nossas
faixas. Acho que isso quebraria todos os estereótipos que o J-pop tem, se
tivéssemos alguém como o Post Malone ou
o Rich Brian!!!
O que podem nos contar sobre os seus planos
futuros?
Lil’Fang: Em 17 de março lançamos a nossa nova música 99. É muito frustrante não podermos
apresentá-la ao vivo devido a situação atual das coisas, mas continuaremos a
distribuir as nossas músicas em várias plataformas.
Mikako: Estamos planejando mais lançamentos para esse
ano, então aguardem!
Por favor, deixem uma mensagem para os seus fãs
estrangeiros.
Akina: Muito obrigado por todo o seu amor e apoio. Nós
vemos e sentimos isso através das suas postagens amáveis, mensagens e DMs. Apesar
de não podermos nos encontrar agora, prometo que um dia vamos descobrir um
jeito de compensar vocês por tanto tempo! Cada um de vocês significa muito para
nós, e não poderíamos nunca continuar sem o apoio de vocês! Obrigada mais uma
vez do fundo do meu coração, cuidem-se e mantenham-se seguros!
Lil’ Fang: Quando a COVID-19 acabar, eu quero encontrar
todos vocês. Todos os fãs que nos apoiam, mesmo de longe, são a nossa fonte de
motivação, e esperamos que vocês continuem a nos apoiar!
Mikako: Obrigada pelo apoio constante ao FAKY! Eu sei que os tempos
estão difíceis, mas mal posso esperar para vê-los! Vamos aguardar só mais um
pouco!
Taki: Para ser honesta, 2021 foi o ano que planejamos ter
mais visibilidades nos países de vocês, mas com tudo o que tem acontecido, os
planos tiveram que mudar. Somos muito gratas a todos que continuaram a nos
apoiar, não importando a distância. Esperamos que estejam seguros e saudáveis. Esperamos
vê-los em breve.
Hina: Eu sinto muita falta dos nossos fãs. Ainda não podemos
nos encontrar e nos apresentar ao vivo, mas, definitivamente, poderemos fazer
isso algum dia, e espero que possam nos esperar. Obrigada pelo apoio imenso que
vocês têm nos mostrado através das redes sociais. Seu encorajamento é a nossa
fonte de força. Por favor, continuem apoiando o FAKY! O JaME gostaria de agradecer ao FAKY e
à avex por tornarem esta entrevista possível.
O novosingle
do FAKY, 99, está disponível aqui, e o singleThe Light, lançado em janeiro, aqui.