Horas antes do primeiro show da banda na Espanha, o JaME teve a oportunidade de entrevistar Hizumi e Zero.
Em julho de 2007, o JaME se encontrou com ZERO e HIZUMI do D'espairsRay em Madrid, no dia de seu primeiro e único show esse ano na Espanha.
Se vocês pudessem apresentar o D'espairsRay usando uma de suas músicas, qual delas escolheria?
ZERO: MIRROR!
HIZUMI: MIRROR!
Como vocês se conheceram? Como a banda começou?
ZERO: Karyu foi quem começou a banda e escolheu os membros. Fomos pra um estúdio, fizemos umas jam sessions e, depois de algum tempo, gostamos um do outro e decidimos formar a banda.
Como vocês escolheram o nome D'espairsRay? Tem algum significado especial? De quem foi a idéia?
ZERO: Não é nada especial.
HIZUMI: Pode significar o que você quiser (risos).
HIZUMI, quando você escreve as letras para as músicas que os outros membros da banda criaram, qual a sua linha de raciocínio? Você tenta se encaixar na idéia original deles ou cria as suas próprias?
HIZUMI: Claro que tento encaixá-la na idéia original. Mas quando escuto uma música nova, escrevo o que penso a partir dela porque, às vezes, é muito difícil se tento mudar o que penso pra encaixar com a idéia que os outros caras tiveram.
O álbum Coll:set tem uma atmosfera muito mais dark que o MIRROR. Inclusive vocês têm um bocado de novos fãs que gostam de músicas como Squall e Kogoeru yoru ni saita hana. Qual a diferença maior entre o processo de criação de cada um dos álbuns?
HIZUMI: Não acho que tenha muita diferença, mas depois que fizemos o Coll:set nós visitamos vários lugares e incorporamos muita coisa ao MIRROR. O D'espairsRay continua mudando; depois do Coll:set, tentamos coisas novas. Mas o MIRROR não ser tão dark quanto o Coll:set não significa que não sejamos mais o D'espairsRay. No MIRROR nós podemos finalmente mostrar o que sentimos e somos. Por isso o chamamos de 'mirror' (espelho em inglês), porque reflete o que somos. E não foi nada intencional. Apenas aconteceu assim.
No novo álbum, todas as faixas, exceto a Squall, têm um ritmo rápido. Desde o princípio do processo, era intenção de vocês fazer essa música diferente de todas as outras?
HIZUMI: Hmmm, eu não acho que ela seja lenta.
ZERO: SCREEN é lenta, não?
Então vocês fizeram as duas lentas de propósito?
HIZUMI: A gente não liga pra tempo quando faz uma música, na verdade.
Vocês acham que as turnês fora do Japão acabaram influenciando na sua música? Sim ou não, e por que?
HIZUMI: Sim, é claro.
O som de vocês se torna mais definido a cada lançamento. Como vocês imaginam o som do D'espairsRay no futuro?
HIZUMI: Hmmm...
ZERO: Não sei como soaremos no futuro, mas seremos a melhor banda de rock do mundo (risos).
Em 19 de agosto, vocês estarão tocando num evento chamado "Dark Sanctuary" com o Moi dix Mois. Poderiam nos falar mais a respeito desse evento?
HIZUMI: O que podemos dizer agora é que sempre quisemos participar de um evento como esse. Mal posso esperar por esse dia!
Vocês gostam de Moi dix Mois?
HIZUMI: O ZERO deveria responder a essa pergunta .
ZERO: Sim, gosto.
Como foi a performance no Jrock Revolution?
HIZUMI: Não parecia que estávamos nos Estados Unidos...
Como assim?
HIZUMI: As pessoas lá pareciam influenciadas pelos fãs japoneses. Me senti como se eles fossem fãs japoneses e nós estivéssemos no Japão.
Quer dizer que os fãs americanos são diferentes do europeu?
HIZUMI: Foi só naquele evento. Parecia que estávamos num evento no Japão.
Vocês já conheciam algo sobre a Espanha antes de virem pra cá?
HIZUMI: Touradas, ou seja lá como chamam; e a Sagrada Familia (igreja de Barcelona).
Vocês foram uma das primeiras bandas de visual a tocar na Europa; podemos até dizer que o show de vocês começou a "explosão VK" na Europa. Como vocês se sentem sendo algo do tipo 'pioneiros' na cena?
HIZUMI: Isso é verdade (risos)? Bom, a gente se sente muito bem em relação a isso. Vamos tentar continuar a fazer músicas novas e voltar de novo e de novo.
Antes de tocarem na Europa pela primeira vez, vocês faziam idéia dos fãs que têm aqui? Foi difícil tomar a decisão de tocar fora de seu país?
HIZUMI: A gente via um monte de comentários de fãs daqui no nosso site. Assim que soubemos que tinhamos fãs aqui. Por isso decidimos. Antes de ir pra algum lugar a gente se informa sobre o número de fãs.
HIZUMI, algum outro artista inspira seu vocal?
HIZUMI: Eu realmente gosto de vários vocalistas. Mas não existe um que eu prefira acima de todos.
Por exemplo...
HIZUMI: Jonathan Davis do KoRn.
E você, ZERO, algum artista que te inspira?
ZERO: Não, não tem um que me influencie em particular.
Agora que a banda já fez várias performances de sucesso fora do Japão, vocês pretendem aprender algum outro idioma? Se sim, quais?
HIZUMI: Hmmm, acho que não.
ZERO: Não entendo sequer um pouco de inglês. Estou bem só com o japonês.
ZERO, você se apresentou pro JaME America como "ZERO, empresário da banda". Se você fosse o empresário, como as coisas seriam?
ZERO: Essa banda seria a pior de todas (risos). Eu desistiria muito rápido. É muito difícil ser um empresário de banda.
Onde vocês enxergam a banda num futuro próximo? Que diriam daqui a uns dez anos?
ZERO: Hmmm, meus filhos estarão no segundo grau e a minha banda será a melhor do mundo (risos).
HIZUMI: Na verdade, antes de imaginar filhos no segundo grau você tem que TER filhos (risos).
ZERO: Dez anos é muita coisa. Mas com certeza seremos a melhor banda do mundo (risos).
Obrigada pela entrevista. Poderiam deixar um recado para os fãs do mundo todo?
ZERO: Provavelmente, quando vocês lerem essa entrevista, a turnê já terá acabado. Mas gostaríamos de agradecer a todos e dizer que tentaremos voltar de novo.
HIZUMI: Mesma coisa!
O JaME agradece ao D'espairsRay por responder às nossas perguntas e a NAIZO e Gan-Shin por fazer essa entrevista possível.