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Juno Reactor e SUGIZO na Varsóvia

14/02/2010 2010-02-14 16:42:00 JaME Autor: Neejee Tradução: Hikari

Juno Reactor e SUGIZO na Varsóvia

A apresentação do Juno Reactor em Varsóvia, na Polônia, agitou a plateia.


© Juno Reactor - JaME - Joanna Kotlińska
O esperado show do Juno Reactor na Varsóvia, parte de uma turnê two-man com o Laibach, intitulada Doublé Headline European Tour 2009, começou após meia hora de atraso. Primeiro, uma banda da Eslovênia se apresentou, recebendo uma resposta entusiasmada da plateia. Depois de tocarem por uma hora e um encore, os músicos deixaram o palco. Então, o local começou a ser preparado para a apresentação do Juno Reactor.

O líder da banda é Ben Watkins, e suas composições são um conglomerado de diversos gêneros musicais: eletrônico, instrumental, clássico e étnico (a banda é considerada a precursora do goa trance). A formação do Juno Reactor muda constantemente, mas naquele dia o vocalista Taz Alexander, o artista hip-hop Ghetto Priest, o sul-africano Mabi Thobajane e, é claro, SUGIZO estavam presentes. Por volta das 22:30, Ben Watkins apareceu no palco e, após tomar seu lugar atrás de um laptop, ele apresentou o restante dos músicos, que subiram no palco um por um. Cada um foi recebido com aplausos pela plateia, mas foi SUGIZO quem teve a resposta mais entusiasmada.

O concerto começou com uma melodia lenta, mas, apenas alguns minutos depois, ganhou um clímax tremendo, intensificado pela vigorosa dança Amampondo. Um momento depois, Taz Alexander entrou no palco majestosamente para cantar as duas partes de Conquistador, do álbum Labyrinth. Ghetto Priest, que praticamente dominou a última parte do show, estabeleceu um contato incrível com as pessoas reunidas. Ele as encorajou a se divertirem o tempo todo, as provocou e repetiu frases como “Bem-vindos à casa da dor”, “Abram suas mentes” e “Tirem as máscaras”.

Depois de uma apresentação um tanto estática do Laibach, o Juno Reactor imediatamente mudou a atmosfera. Era impossível ficar parado durante seu set – muitas de suas músicas são recheadas de um ritmo puro que nos faz dançar. Tambores africanos deram um ar incomum às composições do Juno, assim como a guitarra de SUGIZO - cada nota que ele tocava podia ser ouvida claramente. Esta apresentação, da qual todos os músicos participaram – não apenas tocando, mas também dançando (a dança de SUGIZO se tornou famosa entre os fãs do Juno Reactor) – foi composta também por luzes coloridas que combinavam perfeitamente com a música, fazendo desta uma experiência incrível para os sentidos.

A banda tocou suas músicas relativamente longas quase sem pausa, assim, foi um pouco difícil determinar – especialmente para os que não estavam familiarizados com seus trabalhos – onde uma terminava e a seguinte começava. O Juno Reactor apresentou principalmente músicas de seus três últimos álbuns – Labirynth, Shango e Gods and Monsters. Pistolero foi especialmente impressionante, especialmente devido às luzes pulsantes cuidadosamente selecionadas, seu refrão melancólico e o envolvimento dos fãs. Além disso, a banda também tocou Mona Lisa Overdrive, pedida pelo público, uma das músicas mais conhecidas do Juno Reactor, parte da trilha sonora do filme “Matrix: Reloaded”. A versão ao vivo de City of Sinful, assim como Conga fury, do álbum Bible of Dreams, também foram particularmente impressionantes.

Apesar de os fãs que compareceram ao Palladium naquela tarde não terem tido a chance de ouvir o violino de SUGIZO (ele havia tocado em Breslau), não se pode negar que o guitarrista teve seus próprios cinco minutos. Em uma das músicas, ele fez um solo de tirar o fôlego em seu violão. Além disso, ao longo de todo o show, era óbvio que ele estava se divertindo, interagindo com a plateia e posando para fotos. Após a parte principal do show, quando o restante da banda já havia deixado o palco, SUGIZO ficou por algum tempo tirando fotos do público ou dele mesmo de costas para a plateia. É claro que o show não estaria completo sem palhetas sendo jogadas ou a plateia sendo molhada.

Quando a parte principal chegou ao fim, a plateia imediatamente começou a pedir por um encore. O público gritava o nome da banda e batia os pés com força, criando um efeito incrível. Eles não tiveram de esperar muito pelos músicos, que logo voltaram a aparecer no palco. Quase imediatamente os tambores africanos soaram, e o Juno Reactor começou mais uma música com o som claro e afiado da guitarra do membro japonês. Respondendo aos pedidos dos fãs, o Juno Reactor voltou para mais um encore, infelizmente, desta vez, para o último.

Naquela noite, o Juno Reactor encantou os presentes, até mesmo aqueles que compareceram somente pela banda eslovena ou por SUGIZO. Seu show foi vívido, espontâneo e cheio de energia positiva – especialmente se comparado à apresentação parada do Laibach. Foi uma pena o encontro com os fãs, anunciado mais cedo por Bem Watkins, não ter acontecido, talvez devido a problemas de organização. Apesar disso, após esse evento, certamente, o Juno Reactor ganhou vários novos fãs, e podem esperar uma resposta entusiástica em as próxima visita à Polônia.
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