O UnsraW conversou conosco sobre a sua turnê européia, seu novo álbum e seus planos futuros.
No início de fevereiro, pela primeira vez a banda de visual kei UnsraW fez uma turnê pela Europa. Depois de um início explosivo na Holanda, a banda foi para Paris, França. No dia seguinte ao show, o UnsraW, ainda sonolenta, nos concedeu uma breve entrevista para tentar acordar um pouco.
Para começar, vocês podem apresentar os membros da banda para os nossos leitores que ainda não os conhecem?
Shou: Eu sou o Shou, o baterista.
Yuuki: Eu sou o Yuuki, o vocalista.
Tetsu: Tetsu, o guitarrista.
Rai: Meu nome é Rai, também guitarrista.
E o baixista da noite passada?
Shou: Aquele é o Jin.
Então, o que vocês estão achando da turnê até agora?
Shou: Excelente!
Yuuki você finalmente conseguiu ver alguns seios depois do show? (Durante o show, Yuuki gritou para o público “Mostrem-me os seus seios!”)
Yuuki: Não (risos), mas aquilo foi só uma piada.
Por longos meses a banda permaneceu quieta, e, com o seu retorno, o som está mais calmo, mais fluido. Vocês acham que é necessário ser suave para um grupo trabalhar corretamente hoje em dia?
(O grupo pensou em silêncio por um momento.)
Shou: Eu não acho que o nosso som tenha realmente se tornado suave, nosso maxi-single REBORN pode ser menos violento do que nossos outros trabalhos, mas o nosso novo álbum realmente será pesado!
Poderiam nos contar mais sobre o novo álbum?
Yuuki: Será um álbum mais conceitual, mas não podemos falar mais nada no momento, é segredo.
Em uma entrevista realizada em 2007, vocês disseram que suas máscaras eram necessárias para os seus shows. Vocês já não as usam mais, o que aconteceu?
(Os membros riem e trocam olhares.)
Yuuki: Sem comentários.
Tem certeza?
Yuuki: Bem, na verdade, o grupo cresceu e evoluiu desde então. As máscaras já não são mais necessárias.
Poucas informações circulam sobre o seu projeto paralelo, o B-kyu Hansen. Poderiam nos contar mais sobre ele?
Shou: Na verdade, não há muita diferença entre o B-kyu Hansen e o UnsraW. É exatamente o mesmo tipo de música, mas com tipos diferentes de roupas, só isso.
É a primeira vez que vocês pisam em solo europeu. Vocês tiveram algum receio quanto a esta turnê no exterior?
Shou: Nós estamos realmente animados com esta turnê, não tivemos nenhuma preocupação.
Yuuki: É uma honra vir à Europa, o público europeu é muito quente e aberto. Nós escutamos muitas coisas boas de outras bandas que já fizeram turnês por aqui.
Com a falta de um baixista e, em breve, um guitarrista, quais os seus projetos para o futuro?
Rai: Eu deixarei a banda em breve, mas os fãs não devem se preocupar, a banda não irá parar.
Shou: Em breve faremos audições para encontrar um novo membro, esperamos conseguir alguém talentoso bem rápido.
Na noite passada, a banda francesa EYELESS tocou como banda de abertura. O que vocês acharam dela?
Tetsu: Eles estavam impressionantes! Nós realmente gostamos deles..
Shou: Nós realmente queríamos vê-los depois do show.
Vamos falar um pouco sobre as influências da banda. Quem ou o que lhes deu a sensação de querer fazer música?
Shou: Desde que eu tinha quatorze anos, eu gostava da banda Slipknot. Eu achava o baterista impressionante, e isto, com certeza, me fez querer fazer música.
Tetsu: Eu sempre gostei de bandas japonesas, mas também de bandas ocidentais. Quando eu era jovem, eu era fã do Mr. Big. Um dia eu fui assistir um dos seus shows e isso me fez querer tocar guitarra.
Yuuki: Quando eu tinha por volta de treze ou quatorze anos, eu realmente gostava de X JAPAN. Eu ficava impressionado com o baterista durante os shows.
No UnsraW, vocês repetiram vários trabalhos do COЯE THE CHILD, antiga banda de Yuuki e Shou. Por que isso?
Shou: Nós escutamos antigas composições de bandas que os membros do UnsraW fizeram parte, e finalmente, todos dissemos, “Estas músicas são excelentes, porque não as gravamos?” A partir daí começamos a incluir algumas delas em nossos CDs.
Com títulos como Platonic Bitch e Social Faker, que são brutos, com palavras duras, vocês não vão nos fazer crer que a mensagem tem a ver com amor, certo?
Yuuki: Bem, Platonic Bitch conta a história do que realmente aconteceu comigo. E Social Faker fala sobre problemas sociais do Japão, mas todas as nossas músicas tentam levar uma mensagem de amor. Só porque falamos desses assuntos não quer dizer que a nossa música não possa ser dura e violenta.
Para finalizar, uma última mensagem para os seus fãs?
Rai: Nós estamos muito agradecidos por vocês terem vindo na noite passada.
Shou: Obrigado por continuarem nos apoiando.
Tetsu: Muito obrigado a todos os fãs.
Yuuki: Nós agradecemos a todos que estavam no show ontem à noite e esperamos vê-los novamente em outra turnê européia!
O JaME gostaria de agradecer à A.S.S. Concert & Promotion, Sam pela tradução e ao UnsraW pela entrevista.