Após uma longa turnê, o ONE OK ROCK brilhou com profissionalismo e o bom e velho rock no Zepp Tokyo.
Apos um verão tumultuado e uma turnê com alguns shows cancelados devido à gripe, o ONE OK ROCK chegava agora a seu destino final, o Zepp Tokyo. O quarteto fez um show encantador, eliminando quaisquer medos e dando aos devotados fãs esperança para um futuro brilhante.
Quando as luzes se apagaram, um grito massivo pôde ser ouvido; tanto meninos quanto meninas comemoravam no escuro, esperando que seus ídolos aparecessem. A introdução foi uma intrigante música com toque indiano, e, quando o palco se iluminou, os gritos ficaram ainda mais altos. Desde o início, a plateia balançava enquanto TAKA conseguia fazer até seus rosnados ficarem claros. A banda estava tão energética quanto os fãs, e juntos eles pularam acompanhando o som pesado.
“Todo mundo!”, gritou TAKA enquanto batia palmas para introduzir CONVINCING, “Vamos lá!”. O arranjo da música era novo, mais pesado no baixo e com notas de guitarra mais agressivas, o canto de TAKA se transformando em gritos. O público cantava com entusiasmo, abraçando a versão mais pesada e violenta. A apresentação seguiu com Melody Line no Shibouritsu, com a bateria punk sincopada de Tomoya. Os crowdsurfers, encorajados pela agressiva batida rock, começaram a rolar sobre as cabeças da plateia, pessoas que tentavam, de alguma forma, girar suas toalhas no alto enquanto tentavam não ser atingidas.
“Boa noite, nós somos o ONE OK ROCK!”, TAKA os cumprimentou antes de começar a chamar “Tóquio!”.
“Bem vindos ao último show de nossa turnê no Zepp. Todos estão bem? Não se percam, ok!”. Suas palavras inspiradoras agitaram os fãs, enquanto o vocalista pegava uma guitarra para cantar 20 Years Old. Esta nova versão tinha um som mais áspero, com um riff de abertura menos distorcido. Foi algo parecido com Foo Fighters, com energia e uma batida dançante. Toru e Ryota trocaram de lugar no palco, o último tão tomado pela música que fez o caminho dançando. Não houve muito tempo para recuperar o fôlego – não que a plateia se importasse, recebendo o microfone de TAKA e cantando apaixonadamente enquanto pulavam.
Com cada apresentação da turnê, a banda ficou mais profissional, e a música que eles tocavam no último show ganharam uma nova dimensão. Da profunda abertura de baixo de Kaimu ás notas agressivas de Reflection, foi um cenário cativante. Nesta última, TAKAsegurou seu microfone no alto sob as luzes vermelhas, antes de soltar um grito alto. Seus vocais eram perfeitos, com notas que podiam ir do melódico aos gritos impecavelmente.
A mudança de passo para My Sweet Baby foi bem-vinda. Os tons suaves desta balada rock combinados com belos vocais soaram através da plateia, encantada durante toda a apresentação. “Eu não quero que termine!”, TAKA disse enquanto a banda fazia uma pausa para o MC. Ele falou um pouco sobre o cancelamento de um show devido à gripe, mas disse que agora estavam todos bem. O público respondeu com gritos altos, recebendo a banda calorosamente enquanto balançavam com a música. Crazy Botch começou mais funk, com uma linha de baixo mais ressoante. O público cantou junto, tentando acompanhar os vocais rápidos de TAKA.
Antes de seguir com Yume yume, a banda fez uma breve sessão de introduções e mini-solos, começando com Tomoya na bateria, depois Ryita e, finalmente, Toru, mostrando sua perícia, agora como único guitarrista da banda. “Vamos agitar mais!”, pediu TAKA enquanto os solos se tornavam a divertida Yume yume; o rap de Toru incentivou ainda mais a dança ao som da batida simples.
Antes de terminarem com um ato estrondoso, Karasu marcou uma desaceleração final. As notas de abertura foram belíssimas. Enquanto Toru dedilhava, TAKA cantava parcialmente à capella antes da plateia o acompanhar. O vocalista os encorajou a gritar mais, cada vez mais alto antes de toda a força da canção ser liberada. Foi uma apresentação bonita, de tirar o fôlego. Os fãs e a banda pareciam estar com muito calor, o que ficou mais evidente quando Ryota tirou a camiseta e jogou água na plateia.
Foi um breve descanso antes das últimas quatro músicas. A primeira foi seu novo single, Kanzen Kankaku Dreamer. Ela mostrou do que a banda é capaz como um quarteto, e eles impressionaram com uma poderosa música metal com bateria forte e um marcante riff de Toru. Os vocais, como sempre, eram ricos e atrativos, mostrando que o ONE OK ROCK se mantém tão forte quanto antes.
Depois, eles seguiram sem pausa para uma introdução pulsante. A guitarra de Toru era como uma sirene acompanhando os vocais. O público agitava os punhos enquanto TAKA dava as mãos aos fãs das primeiras fileiras. Então, tudo se transformou em cabeças chacoalhando e danças violentas para Viva Violent Fellow e Naihi Shinsho, público e banda se movimentando até o fim.
Os pedidos por um encore não demoraram para começar, seguindo até a banda reaparecer no palco. Eles tiraram algum tempo para agradecer aos fãs por estarem presentes, especialmente agora que mudaram um pouco. Porém, o público continuava acompanhando a banda solidamente, e reagiu bem aos novos arranjos.
O encore começou com uma viagem para o passado, até o primeiro single da banda, Keep it Real. A abertura sólida e metódica logo deu lugar a um rap rápido e um ar levemente hip hop que fez as pessoas baterem os pés no andar de cima e os corpos se chocarem na pista abaixo. Foi uma apresentação forte que abriu caminho para um final poderoso na forma de Borderline. As vozes de TAKA e do público se tornaram uma só para cantar o cativante refrão enquanto algumas rodas punk começaram no lado de Toru. Com seu som forte e otimista, Borderline encerrou um show brilhante e abriu um futuro esperançoso que mostrou a força do ONE OK ROCK para seguir em frente.
Set list
1. CONVINCING
2. Melodyline no Shiboritsu
3. Yoru ni shika sakanai mangetsu
4. 20 years old
5. (you can do)everything
6. Kaimu (Nothing)
7. Reflection
8. Sonzai shoumei
9. My Sweet Baby
10. Hitsuzen Maker
11. Crazy Botch
12. Yume yume
13. Karasu (Crows)
14. Kanzen kankaku dreamer
15. Koi no aibou kokoro no cupid
16. Viva Violent Fellow~Utsukushiki moshpit~
17. Naihi shinsho
Encore
18. Keep it real
19. Borderline