Entrevista

Entrevista com o MinxZone na Suécia

29/05/2010 2010-05-29 14:10:00 JaME Autor: Beata Tradução: Hikari

Entrevista com o MinxZone na Suécia

Aproveitando sua primeira apresentação na Europa, nós temos a honra de apresentar o MinxZone através de uma entrevista exclusiva.


© Avex Entertainment
A principal atração do UppCon desse ano (o maior evento de cultura japonesa da Suécia) foi a banda pop MinxZone, e o JaME aproveitou a oportunidade para assistir às apresentações e conversar com os artistas para entender essa banda, antes pouco conhecida.

O alegre trio consiste da vocalista Yukari, baterista Ayuha e guitarrista Waio, o único membro masculino da banda. Todos originários de Osaka, os membros estão em Tóquio desde 2002, onde suas faixas pop e suas roupas imaginativas animam quem passa por Shinjuku, Shibuya e Yoyogi. Porém, nos últimos anos, a pequena banda de rua tem atraído cada vez mais atenção e, entre outras coisas, chegaram a participar de um comercial para a TV na Austrália e a se apresentar em uma convenção de anime no Canadá. Neste ano eles já lançaram três singles digitais e, no momento, estão em uma turnê por todo o Japão.

Em uma pequena pausa na turnê, a banda foi até a Suécia para seu primeiro show em solo europeu, no evento Uppcon, em Uppsala. O MinxZone se apresentou pela primeira vez na sexta-feira; um mini-show de meia hora de duração no palco externo, atraindo um público considerável apesar do frio e da chuva. A apresentação principal aconteceu no Grande hall na UKK, no sábado, e durou uma hora. A sala estava quase lotada e o público jovem e animado bateu palmas e cantou com a banda tanto quanto pôde. Yukari, usando uma saia xadrez inspirada em uniformes escolares e uma capa rosa, manteve o público nas mãos e fez todos dançarem a coreografia que acompanhava a música. Na metade do show, quando ela leu uma mensagem em um sueco perfeitamente inteligível, os gritos não tiveram limites. A popularidade construída pelo MinxZone no UppCon também ficou visível pelo número de fãs que compareceram na sessão se autógrafos mais tarde. Apesar da atenção, a banda ainda conseguiu sair de fininho para fazer uma apresentação improvisada na rua em Uppsala no domingo, como os verdadeiros artistas de rua que são.

No domingo, o JaME também teve a oportunidade de fazer algumas perguntas à banda, e nós apresentamos a entrevista aqui.


Como foram os shows? O que vocês acharam da plateia no UppCon?

Todos: Foram fantásticos!
Waio: As pessoas foram sinceras e abertas com seus sentimentos. Também foi fantástico ver o público fazer as coreografias com as mãos. Nós todos ficamos emocionados, especialmente Yukari. Ela chorou tanto que sua maquiagem ficou toda borrada.
Yukari: Sim, foi maravilhoso.

Sua turnê mais recente é chamada de Minx wa shi ga ii'n desu tour, que significa “as letras do Mynx são boas”. Quem escreve essas boas letras, ou vocês todos contribuem?

Waio: Nós todos as escrevemos juntos. Todos contribuem com suas próprias perspectivas. Por exemplo, Yukari pode escrever sobre os sentimentos de uma mulher, que é algo que eu não posso fazer.

As letras de sua música mais recente, Ja, parecem bem otimistas, apesar da música lidar com separação. Vocês são otimistas na vida real ou apenas gostariam de ser?

Waio: Nós queremos ser!
Yukari: Quando coisas ruins acontecem, é impossível não ficar nervoso. Eu escrevo as letras para aprimorar minha habilidade de lidar com essas situações.

Essa é a primeira vez que vocês visitam a Suécia. Quais impressões vocês tinham sobre o país antes de vir para cá?

Waio: Que seria frio!
Yukari: Sim, frio e cheio de montanhas.

Quais são suas impressões agora que vocês estão aqui?

Waio: É frio, mas não tanto quanto esperávamos. E acima de tudo, as pessoas são muito calorosas!

Vocês já se apresentaram na Austrália e no Canadá. Como vocês se comunicaram com os fãs nesses lugares? Vocês acham que eles entenderam o que vocês queriam dizer, apesar da barreira da linguagem?

Waio: Eu tentei aprender o máximo possível de inglês antes de ir. Mas, durante os shows, eu acho que a linguagem corporal se torna mais importante. A linguagem da música não tem barreiras!

Durante o show no UppCon, vocês usaram uma placa com texto impresso para se comunicar com a platéia. De onde surgiu essa ideia?

Yukari: Nós tentamos isso antes no Canadá.
Waio: Nós queríamos ensinar à plateia algo em japonês, e pensamos que, se você vai saber só uma palavra em japonês, “waraou” (vamos sorrir) é a palavra perfeita. É por isso que nós a escrevemos na placa.

No UppCon vocês estão representando a cena musical japonesa junto com somente mais um artista. Vocês acham que vocês, como uma banda japonesa, têm uma mensagem cultural a transmitir aos fãs?

Waio: Há muitas diferenças entre japoneses e suecos, mas, quando se trata de sentimentos, nós somos bem parecidos. Nós gostaríamos que todos pudessem entender o significado das nossas letras, mesmo com a barreira da linguagem. Foi muito bom ver que tantas pessoas na plateia cantaram junto nossas músicas, mesmo elas sendo em japonês.

Como sua vida como banda mudou depois de vocês entrarem para o grupo avex? Vocês acham que têm mais oportunidades agora?

Waio: Sim, agora nós pudemos conhecer vocês! Nós já nos apresentamos muito por nós mesmos, mas, através da avex, nossa música pode atingir muito mais pessoas.

Vocês vão abrir um show do AAA em maio. Vocês acham que quem gosta do AAA vai gostar de vocês? Vocês gostam do AAA?

Yukari: Sim, nós achamos que eles vão gostar de nós.
Waio: Talvez nem todos gostem do nosso som, mas eu acho que eles vão gostar das nossas letras. O AAA é bem popular no Japão, as músicas deles sempre tocam no rádio. A música deles é muito mais dance do que a nossa.

Se vocês ficassem muito famosos e pudessem tocar em grandes casas de shows, sentiriam falta dos shows de rua?

Yukari: Mesmo se nós ficássemos muito famosos, gostaríamos de continuar fazendo apresentações de rua. Eu sei que talvez não seria possível arranjar isso, mas acho que se parássemos de nos apresentar na rua, perderíamos nossa base como banda.
Waio: Sim, mesmo sendo bom nos apresentarmos em grandes espaços, gostaríamos de continuar com os shows de rua.

Como vocês se vêem em dez anos? Quais são seus sonhos como banda?

Waio: Em dez anos nós teremos vendido muitos álbuns! Nós esperamos alcançar muito mais pessoas do que hoje.

Vocês gostariam de voltar à Europa regularmente?

Todos: Sim, definitivamente!

Por fim, vocês têm uma mensagem para seus fãs?

Waio: A Europa é muito longe para nós, então nós podemos não voltar para tocar aqui o tempo todo, mas esperamos poder alcançar as pessoas na Europa, e que vocês continuem nos apoiando.
Ayuha: Antes de nossa próxima apresentação na Suécia, eu gostaria de aprender mais sueco para poder conversar com as pessoas daqui. Eu fiquei impressionada por muitos de vocês falarem um pouco de japonês!
Yukari: Nós podemos falar línguas diferentes, mas eu ainda sinto que nos entendemos. Vamos nos encontrar novamente!


O JaME gostaria de agradecer ao MinxZone, À Avex Entertainment e New Nippon por possibilitarem essa entrevista.
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10/04/20102010-04-10
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