Entrevista

Entrevista com Tsubasa

07/03/2012 2012-03-07 00:01:00 JaME Autor: Aurore Tradução: Shin

Entrevista com Tsubasa

O JaME entrevistou a cantora e letrista Tsubasa depois de sua apresentação no Café de la Plage em Paris.


© Tsubasa - Aurore
Depois do show feito em 5 de julho, no pequeno subsolo de um café parisiense, o JaME conversou com Tsubasa, uma artista independente de Kanazawa. Enquanto outro músico ia ao pequeno palco para cantar uma música acústica em frente a poucas pessoas, Tsubasa respondeu a nossas perguntas com alegria e simplicidade.


Poderia primeiro se apresentar para nossos leitores que não a conhecem?

Tsubasa: Sou de Kanazawa. Sou uma cantora e letrista japonesa. Gosto de tocar guitarra e cantar.

Quando você começou a tocar e cantar, e o que a motivou a fazer disso sua carreira?

Tsubasa: Desde que eu era pequena, eu gostava de ouvir música e desenhar, e decidi fazer disso minha ocupação. Desde meu quarto ano no ensino fundamental, eu queria compor minhas próprias canções e cantá-las. Aos 20, eu formei uma banda que tocava música folk. Há três anos, eu conheci Robert Regonati, que me ajudou a criar um CD. Então eu peguei a estrada e toquei em todos os cantos, e conheci produtores de selos importantes.

Como seu encontro com Robert Regonati aconteceu?

Tsubasa: Nós dois tocamos no mesmo local, e foi assim que nos conhecemos.

Vindo de Kanazawa, não foi mais difícil para entrar no cenário do que se você fosse de Tóquio?

Tsubasa: Graças à Internet, eu pude conhecer e ouvir a opinião de muitas pessoas, então eu posso facilmente compartilhar minhas músicas.

Essa cidade é parte da sua inspiração?

Tsubasa: Kanazawa é um pouco remota, é o interior, mas graças a isso posso conseguir inspiração e encontrar ideias para compor minha música

Quais são outras influências que a inspiram?

Tsubasa: Eu me inspiro ao olhar várias coisas diferentes, ao ouvir música, mas na maioria das vezes, ao conhecer pessoas.

Como você compõe suas músicas?

Tsubasa: Na verdade, primeiro eu imagino a melodia na minha cabeça a partir de meus sentimentos, e então tento organizar minhas ideias e criar a música ao tocá-la.

Você basicamente canta em japonês; a barreira da linguagem é difícil para a comunicação com o público?

Tsubasa: Eu fui ao Brasil e a Coreia e não entendi o que a plateia me disse. Apesar disso, ao me expressar através do canto, eu tive sucesso em comunicar meus sentimentos e o público pareceu apreciar isso e sentiu o que eu queria compartilhar.

Nós lemos que você tem um show de rádio na Internet. Foi diferente do seu trabalho usual artístico?

Tsubasa: Comecei esse programa semanal há quatro meses. E, apesar do fato de eu falar em japonês, há alguns fãs brasileiros me ouvindo e me mandando mensagens. E mesmo que isso seja algo bem diferente, gosto de fazer isso também.

Esta é a sua segunda vez vindo a Europa; como foi a sua primeira e o que você espera dessa vez?

Tsubasa: Quatro anos atrás, eu vim principalmente para passear. Visitei o Le Louvre, a Torre Eiffel, e por aí vai. Dessa vez, é diferente porque eu vim para fazer um show. Estava um pouco nervosa, mas pude descobrir a reação da plateia. Estou muito feliz por ter essa possibilidade de compartilhar isso com as pessoas.

Há alguns dias a convenção Japan Expo foi feita em Paris. Você também já tocou em um tipo de evento similar no Brasil. Usualmente, os shows em tais eventos são diferentes de shows normais. Como foi essa experiência para você?

Tsubasa: Em convenções, as pessoas estão lá por razões diferentes, mas não especialmente pela música. Eles podem nem me conhecer, mas como resultado, o fato de eu poder me apresentar lá é uma experiência ainda mais incrível.

A recepção foi bem diferente dos seus shows usuais?

Tsubasa: Hmm... na verdade, em casas de show, a atmosfera é mais relaxada, e eu me comunico de forma mais calma com a plateia. Em convenções, é quase o mesmo exceto que do meu lado eu tenho uma banda completa. Mas as pessoas reagem da mesma maneira.

Você lançou seu primeiro Ame no yoru ni em 2009. Pode nos contar um pouco mais sobre ele? Como foi a gravação?

Tsubasa: Antes de produzir Ame no yoru ni, eu já tinha trabalhado em um CD usando minha própria experiência, mas a qualidade da gravação foi bem desigual. Então, quando eu trabalhei Ame no yoru ni, conheci Robert que cuidou do arranjo das músicas, e eu cheguei a algo mais completo. Esse álbum foi composto com várias influências, para que haja tanto japoneses como americanos e brasileiros ouvindo a ele. Graças a isso pude ir em uma turnê ao Brasil. É um álbum muito bem composto e arranjo através de diferentes experiências. Foi também tocado em várias estações de rádio, canais de TV e por aí vai.

Depois disso, você também lançou um DVD ao vivo de sua performance no Bunka Hall. Como foi, olhando a sua própria apresentação, fazer um DVD dela?

Tsubasa: Fizemos o DVD há um ano. Foi criado através da energia de pessoas e de acordo, foi bastante difícil de conseguir. Quanto a gravação, houve um momento em que, vendo os sentimentos comunicados ali, eu pensei, "esse momento é melhor que esse outro aqui." Então tentei remontar o conteúdo e sucesso do momento para realmente completá-lo.

Você tem outros lançamentos ou turnês marcados?

Tsubasa: Neste ano, planejo lançar dois álbuns cover de músicas de anime. Ano que vem, uma turnê japonesa será organizada e mais tarde, no verão, uma turnê europeia.

Que objetivos ou sonhos você quer realizar no futuro?

Tsubasa: Acima de tudo, quero continuar a tocar, tentar ter uma carreira longa e, enquanto as pessoas sentirem os meus sentimentos, estou satisfeita. É o suficiente para que eu fique satisfeita.

Você tem alguma mensagem para nossos leitores?

Tsubasa: Queridos fãs franceses, obrigado por virem, estou muito feliz por ter feito este show em um país tão bonito, e espero vê-los de novo da próxima vez.


O JaME gostaria de agradecer a Tsubasa, Kochipan e Social Alienation que tornaram essa entrevista possível assim como a Robert Regonati e Angela Azzarone pela tradução.

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