Resenha

DIR EN GREY - DUM SPIRO SPERO

09/02/2014 2014-02-09 00:01:00 JaME Autor: Pat Tradução: Youko

DIR EN GREY - DUM SPIRO SPERO

DUM SPIRO SPERO define a mais nova direção musical do DIR EN GREY.


© DIR EN GREY
Álbum CD

DUM SPIRO SPERO (Regular Edition)

DIR EN GREY

Desde seu início em 1997, o DIR EN GREY tem embarcado numa jornada de constante reestruturação e reconstrução de seu estilo musical. Do que começou como uma banda visual kei experimental, eles se tornaram um líder mundial na cena do metal e tem ganhado o respeito de fãs de todos os gêneros.

Após uma espera de dois anos, DUM SPIRO SPERO foi lançado marcando o oitavo álbum do DIR EN GREY. Mantendo-se com seu padrão de constante mudança e renovação, o mais novo álbum é tão diferente e único quanto seus antecessores. Com a música de abertura Kyõkotsu no nari, a direção do álbum se torna clara. Enquanto melódica e bonita, quase um transe, você pode esperar por uma explosão de escuridão suportadas por acordes pesados, rosnados de Kyo, gritos, guinchos e todos os outros sons demoníacos que ele pode invocar a qualquer momento. Blossoming BEELZEBUB e DIFFERENT SENSE exemplificam isso ao emparelhar essas exatas melodias lado a lado. Assim como o título da canção sugere, a segunda faixa mexe com seus sentidos e traz à mente o nascimento de algo mau, literalmente um demônio. Quando a canção termina, a bateria e o baixo entram para o início de DIFFERENT SENSE, a canção muito mais agressiva e poderosa das duas. Seu terceiro single do álbum, DIFFERENT SENSE engloba tudo o que é o DIR EN GREY: riffs agressivos, baixo estrondoso, o excelente trabalho de Shinya na bateria e as trocas de Kyo de lamúrias ardentes para os versos mais melódicos.

Seguido por AMON e ”Yokusõ ni DREAMBOX” aruiwa seijuku no rinen to tsumetai ame, o álbum volta para sua atmosfera mais transe e é claro que com a ocasional explosão de guinchos aleatórios de Kyo onde nós menos esperamos por isso. Isso leva a uma das mais agressiva faixas no álbum, Jūyoku. Essa canção abandona completamente o padrão de transe visto anteriormente no álbum e se desenvolve numa torrente de gritos variados e rugidos mais DIR EN GREY-esco. Indubitavelmente o traço mais impressionante dessa canção é o imenso alcance de Kyo, capaz de alcançar as mais altas e mais baixas notas que nós já escutamos dele em questão de segundos. Acompanhada da performance feroz do resto da banda, essa canção é definitivamente mais o que chamamos de canção para se tocar ao vivo com a intenção de impressionar as multidões.

Alcançando a metade, o álbum começa a tomar um rumo. Revertendo de volta um pouco para o padrão de transe, Shitataru mōrō diminui o ritmo apenas um pouco. O mais notável nessa canção são as notas de baixo vibrantes de Toshiya, que caso você não estivesse preparado para a última canção, será pego em uma enxurrada de batidas pesadas tirando você de sua cadeira. LOTUS vem em seguida, o segundo single a ser lançado. Enquanto continua a diminuir um pouco o ritmo, Kyo relaxa sua voz e deixa o resto da banda afogá-la numa intensa melodia. Isso serve como uma transição perfeita para a faixa de dez minutos, DIABOLOS. Enquanto começa um pouco lenta, elevando o ritmo aos poucos, com guitarra e baixo firmes, isso logo é quebrado, permitindo que a banda se divirta com seus instrumentos nas formas de solo de guitarra, a técnica de thumping de Toshiya e a bateria firme de Shinya. Após um minuto ou mais, Kyo retorna com uma vingança, soltando seus rugidos e gritos em fúria. Em cinco minutos, a canção começa a diminuir o ritmo novamente, dando de novo a Kyo espaço para exibir seu imenso alcance vocal, levando ao clímax da canção, um pesado estrondo de pura pancadaria do DIR EN GREY. Suavemente, a canção se move em direção a uma atmosfera mais leve e termina calmamente com a voz de Kyo se arrastando.

A agressividade, no entanto, não é perdida. Enquanto Akatsuki de novo tem um uma atmosfera de transe, ela chega ao ouvinte com um ritmo muito rápido e com os rosnados de fundo de Kyo acompanhado de seu canto, o álbum é empurrado para um par agressivo, DECAYED CROW e Hageshisa to, kono mune no naka de karamitsuita shakunetsu no yami. DECAYED CROW não se segura. Não há atmosfera de transe ou desenvolvimento aqui; a banda simplesmente vai com toda sua força, capaz de derreter seu rosto. Em nenhum momento nessa canção há um descanso ou pausa, sem escapar das capacidades inacreditáveis dessa banda de simplesmente se enfurecer. Enquanto engata-se numa faixa mais progressiva para Hageshisa to, kono mune no naka de karamitsuita shakunetsu no yami, esse primeiro single carrega o peso de conectar o DIR EN GREY de UROBOROS com essa nova era de DUM SPIRO SPERO. Tão melódica quanto é pesada, essa canção combina tudo que é a essência da banda.

Novamente, tomando fôlego, VANITAS vem para acalmar o ouvinte e prepará-lo para o fim do álbum. A única balada de todas as faixas, essa canção definitivamente se sustenta sozinha, capaz de mover até mesmo o fã de metal mais hardcore. O aspecto mais incrível dessa canção é sua habilidade de manter a intensidade de DUM SPIRO SPERO, enquanto quase refletindo sobre o passado de melancolia do DIR EN GREY, mais notavelmente da era Whispering to death.

Finalmente, nós vamos de encontro com Ruten no tō. Essa canção, enquanto relativamente aveludada em comparação ao resto do álbum, perfeitamente representa DUM SPIRO SPERO e faz jus como o encerramento. Ela combina os elementos do peso das guitarras de Kaoru e Die, o baixo crescente de Toshiya, o detalhado trabalho de Shinya na bateria e os vocais sempre variados de Kyo para criar uma obra-prima progressiva.

DUM SPIRO SPERO contém elementos do DIR EN GREY nunca antes vistos em sua longa carreira, enquanto ainda mantém o núcleo do que a banda realmente é, bem como lhes dá a coroa de reis do metal do Japão.
ANúNCIO

Artistas relacionados

Lançamentos relacionados

Álbum CD 2011-08-03 2011-08-03
DIR EN GREY
ANúNCIO