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DIR EN GREY domina o Budokan com “DUM SPIRO SPERO”

20/08/2014 2014-08-20 04:38:00 JaME Autor: Amke Tradução: Nero

DIR EN GREY domina o Budokan com “DUM SPIRO SPERO”

DIR EN GREY termina seu segundo dia de DUM SPIRO SPERO em um Budokan completamente lotado com uma grande variedade de músicas e ótimas notícias.


© DIR EN GREY
Por dois dias o lendário Budokan foi dominado pelo DIR EN GREY. Embora 2014 não tenha chegado nem a metade*, a banda já teve um ano produtivo, lançando o single Sustain the UNtruth em janeiro, completando uma turnê solo e viajando para a Austrália para o Soundwave Festival. Ocorridos em 8 e 9 de março, seus dois shows consecutivos no Budokan foram intitulados DUM SPIRO SPERO, após o álbum da banda ser lançado em 2011.

Milhares de pessoas lentamente adentram o local e acham seus lugares enquanto versões em xilofone de músicas do DIR EN GREY tocam em segundo plano. Luzes azuis cobrem o palco e mais luzes piscam no plano de fundo enquanto Kyoukotsu to nari começa a tocar. As palavras DUM SPIRO SPERO aparecem na tela ao fundo. Os membros sobem ao palco e se preparam. Shinya inicia Macabre e os fãs imediatamente passam a bater palmas acompanhando a bateria. Die alterna entre três guitarras diferentes durante a música, duas elétricas e uma acústica, para conseguir tocar a música com perfeição. É uma canção complicada, com muitos elementos diferentes e a versão de 2013 viu a adição de mais partes ainda. É necessário muita concentração, mas o resultado final é uma obra-prima.

Hageshisa to kono mune no naka de karamitsuita no yami faz o público cantar junto, e com milhares de vozes em unissono o efeito é incrível. Kyo chega ao seu pedestal, grunhe as letras e, em determinado momento, descarta o microfone, impressionando a multidão com seus gritos, altos o suficiente para todos ouvirem.

O Budokan é um grande local com muito espaço para efeitos especiais e o DIR EN GREY faz uso completo disso. Durante Jyuuyoku canhões de fogo são utilizados, e a vista é espetácular. Seus vídeos sofrem variações também, oscilando entre imagens coloridas à parques de diversões cinzentos e desertos até materiais ao vivo da banda. Lindos padrões são projetados na audiência e no teto. Eles distraem o público um pouco, forçando-os a examinar a enorme arena antes de focar no palco novamente.

Toshiya assume a liderança por um tempo em Bottom of the Death Valley. Ele dedilha seu baixo, tocando uma melodia não relacionada à música antes de entrar com a linha de baixo característica e o resto da banda o acompanha. A música é originalmente do álbum Kisou, mas a banda fez um remake para o mini-álbum The Unraveling. O mesmo foi feito com Kasumi, mas antes eles tocam uma canção que é do mesmo álbum que Kasumi, Sajou no Uta. É uma das músicas mais surpreendentes do repertório. Die é entusiástico do começo ao fim, tocando sua guitarra com muita energia e batendo cabeça durante todo o refrão. O público está em êxtase, adorando a escolha da canção.

Kyo faz seu grito interno entre as músicas e não falha em criar imediatamente um ambiente sinistro. O vocalista é cercado por luzes vermelhas e fumaça, que, algumas vezes, cobrem-no completamente. Os gritos, grunhidos e outros sons que ele cria estão ecoando pelo local. Ele se move lenta, mas graciosamente pelo palco antes de se ajoelhar e depois deitar, ainda fazendo sons. O grito interno flui para a versão sinfônica de THE BLOSSOMING BEELZEBUB e o vocalista se torce para outra posição e continua cantando com todo seu poder.

Enquanto eles tocam The Unraveling o vídeo clipe é mostrado ao fundo. Apenas uma parte do vídeo havia sido lançado, então, quando ele continua mostrando o novo material, a plateia se anima com a revelação. Os membros fazem seu papel com paixão, indo para a frente do palco para atiçar o público. Após DIABOLOS eles voltam aos bastidores, se preparando para o encore.

A bateria começa a tocar um ritmo conhecido e a plateia logo percebe que o DIR EN GREY começou umbrella. Os fãs imediatamente erguem suas mãos e gritam “Hey!” acompanhados pela batida animada da música. Kyo grita “Budokan!” e o público responde. Essa música rápida faz a multidão pular e cantar, ainda vez mais alto na medida em que Kyo os incentiva. A seguir vem Rasetsukoku, que faz Kaoru começar a bater cabeça imediatamente, com a audiência seguindo seu exemplo rapidamente. Uma música com guitarras aceleradas, distorcidas e, em sua maioria, altas, ela sempre consegue fazer os fãs irem à loucura.

“Última música!”, grita Kyo, e a banda começa a tocar a sua mais nova adição ao repertório, Sustain the UNtruth. O público consegue cantar quase todo o refrão, e Kyo deixa que façam isso. As partes que ele canta são impressionantes, oscilando entre notas baixas e altas com facilidade. Apesar de encurtar alguns dos longos gritos durante o repertório, a plateia continua impressionada com seus vocais. Ele modifica e distorce sua voz, grunhe e usa cada aspecto dela em sua capacidade máxima.

Mesmo após deixar o palco, o DIR EN GREY continua a surpreender o público anunciando que seu novo álbum será lançado em novembro, além de um DVD com seus shows no Budokan. A multidão está eufórica, mas ainda não terminou. Eles também anunciam que vão sair em mais uma turnê no verão, que parece ser dedicada ao seu álbum Gauze, lançado em 1999. Rapidamente a banda retorna ao palco, os membros pegam seus instrumentos e começam a tocar a última música do show: Saku. É uma canção que todos conhecem bem e uma boa escolha para terminar a apresentação.

O show teve um bom balanço entre as músicas, além de algumas que eles tocam raramente hoje em dia. Eles terminaram o segundo dia de DUM SPIRO SPERO com um show incrível e ótimas notícias para o futuro.

*N.T.: O show tratado no texto ocorreu no primeiro semestre de 2014.
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