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SHOW ONE-MAN DE MORRIE “SOLITUDE” NO YOKOHAMA O-SITE

19/11/2015 2015-11-19 03:20:00 JaME Autor: Tomo Tradução: Leo 'Tudor' Pereira, Shin

SHOW ONE-MAN DE MORRIE “SOLITUDE” NO YOKOHAMA O-SITE

MORRIE interpretou músicas de seu repertório solo, e também de Creature Creature e DEAD END durante o final de sua primeira turnê One-Man.


© Tomohiro Hatamoto
SHOW ONE-MAN DE MORRIE “SOLITUDE” NO YOKOHAMA O-SITE
MORRIE interpretou músicas de seu repertório solo, e também de Creature Creature e DEAD END durante o final de sua primeira turnê One-Man.

De 29 de abril a 9 de maio, MORRIE realizou sua primeira turnê one-man em sua carreira solo. Intitulada SOLITUDE Season1, cada uma das apresentações da turnê recebeu um número e título de episódio. O episódio final recebeu o título de The tender darkness of Spring.

O local intimista e repleto de poltronas foi um cenário bastante adequado para a exibição teatral do carisma enigmático de MORRIE. O palco pareceu arrumado para um monólogo, em cima dele havia apenas um pedestal de microfone e pedaleiras de guitarra, além de uma mesa pequena com um copo d‘água. Com um apagão indicando o início do recital, MORRIE, vestido de preto, calmamente apareceu no palco com sua guitarra. Pouco depois, ele começou a dedilhar e cantar suavemente em um tom alto e assombrado. A música de abertura Goodnight Reverie criou um vórtex que sugou o público para as profundezas da existência do artista. O público ficou sentado em silêncio, seus olhares fixos enquanto ele tocava, sua guitarra algumas vezes refletindo a luz do palco. “Bem-vindos ao finale. Por favor, não caiam no sono”, MORRIE disse com sua voz profunda. Os risos foram naturalmente silenciados com a próxima música, Spring Insane. Durante a canção seu implacável falsete voou graciosamente pelo salão mantendo o público cativo em sua escuridão interior, onde puderam sentir a presença de seu espirito violento intimamente.

Sua batida de guitarra se intensificou durante Sign. O que o público podia ver era ele tocando uma guitarra e projetando sua voz, mas o que ele invisivelmente transmitiu foi a sua solidão visceral. Depois, sua paisagem mental desértica alterou a realidade física conforme Killing Me Beautiful começava. Sua guitarra soava limpa e alta retratando sua aridez e sede espiritual. Palmas encheram o local após a canção de seu devaneio terminar. Ao mesmo tempo metafisica e bela, essa primeira parte do show consistiu inteiramente de músicas de seu trabalho solo.

MORRIE parecia relaxado; ele até mesmo compartilhou algumas memórias de infância durante o concerto, por exemplo, como quando não conseguir cozinhar um guisado de rabanete e salmão enquanto visitava a casa de sua avó. "Eu percebi que tinha me esquecido de trazer os temperos, e o ensopado realmente ficou horrível. Foi difícil conter o sentimento de fracasso dentro de mim ao ver minha avó gentilmente comê-lo", disse ele, enchendo o local com risadas. "Por que eu estou contando essas coisas?" Ele é um mistério.

MORRIE em seguida tocou algumas músicas do repertorio de Creature Creature. Durante Vanishing, ele cantou sobre uma viagem solitária como se ele desejasse dissolver sua existência a uma esfera cósmica. Essa jornada existencial continuou em Andromeda. Embora Andromeda seja uma música dramática que requer modulações delicadas, MORRIE criou sozinho uma atmosfera cósmica com apenas seus vocais e violão. Espantoso e libertador ao mesmo tempo, seu glamoroso vocal rasgou sua realidade em pedaços e a lançou no éter. Ele fechou o recital com uma interpretação de Heaven do DEAD END, uma música que ele raramente executou ao longo de toda sua carreira.

Durante o encore, MORRIE tinha os fãs aos seus pés e balançando durante Luna Madness, outra canção do DEAD END. "Agora mesmo, o solo de guitarra de YOU está tocando no meu cérebro", ele brincou, fazendo os fãs rirem no meio do número lunático de rock. A plateia estava em êxtase o suficiente para chamar por um segundo encore, e MORRIE retornou mais uma vez. "Violões de doze cordas produzem um belo som, mas eles são muito difíceis de tocar bem", disse ele antes de iniciar o número de encerramento Serafine, outro clássico DEAD END. Pela última vez, sua paisagem mental árida encheu o recinto. Com suas batidas de violão apaixonadas, ele cantou o seu anseio sincero na solidão. Sob as luzes ofuscantes do palco, este icônico artista parecia transcendentemente erótico durante a música enquanto sua voz expressava uma mistura indiscernível de desespero e dignidade. Após a música, a plateia levantou-se em ovação.

"Obrigado. Eu adoraria fazer um recital assim novamente ", disse MORRIE despedindo-se de seus fãs.

Set List:

01. Goodnight Reverie
02. Spring Insane
03. Go Under
04. Object a
05. Sign
06. Kanpeki na sora
07. Killing Me Beautiful
08. Vanishing
09. Last Day
10. Riding The Night

intervalo

11. Disquieting Muse
12. Anohito ni au
13. Andromeda
14. Koko dewa nai dokoka
15. Sen no yami-yo ni
16. Heaven

Encore

01. Unchained
02. Luna Madness

Second Encore

01. Serafine
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