Biografia

Lamp: A História 2000-2020

18/11/2020 2020-11-18 15:00:00 JaME Autor: Taiyo Someya Tradução: Paul Chu, Nana

Lamp: A História 2000-2020

O guitarrista Taiyo Someya leva os fãs pela história da banda de pop contemporâneo Lamp.


© Botanical House. All rights reserved.

Em comemoração ao 20º aniversário do Lamp, temos orgulho em compartilhar uma biografia da banda escrita pelo guitarrista Taiyo Someya. Neste artigo detalhado, ele fornece algumas informações sobre os trabalhos anteriores do Lamp e alguns pontos de destaque em sua jornada.


Eu lembro que era fevereiro de 2000 quando eu, Taiyo Someya, junto a Yusuke Nagai Kaori Sakakibara formamos o grupo Lamp. Naquela época, nós escrevemos as músicas juntos, como uma banda, e juntamos material suficiente para uma fita demo.

Em 2001, em um pequeno bar de Tóquio, nós fizemos o nosso primeiro show. (A história segue com todos curtindo aquele momento, risos.) Naquele ano, nós enviamos uma demo, com quatro músicas, para algumas gravadoras e recebemos alguns feedbacks empolgados. Contudo, quando nos encontramos cara-a-cara, de alguma forma, a situação mudou e saímos sem fechar nenhum acordo.


No ano seguinte, nós preparamos uma demo substancial com 10 músicas. Foi naquele momento que encontramos Sakuma, representante da Motel Bleu – um selo musical independente –, que, eventualmente, lançou o nosso primeiro material: o álbum de estreia, Soyokaze Apartment Room 201, e os dois álbuns seguintes, To Lovers e At Komorebi St.


Em 2003, após o lançamento de Soyokaze Apartment Room 201, nós entramos em um período de frustração interminável. Acreditando que esse álbum se tornaria um sucesso entre os ouvintes, nós apoiamos o lançamento com uma turnê local de 13 shows.


Também foi o momento em que decidimos que era de nosso interesse ter o controle criativo de tudo e não deixar a gravadora decidir por nós. Com isso em mente, nós escrevemos o álbum To Lovers com uma atitude “nós contra o mundo”.


To Lovers ainda é muito popular entre os nossos ouvintes, dentro e fora do Japão. A maioria dos nossos seguidores de longa data e fãs de hardcore consideram esse álbum uma façanha – nossa obra-prima. Mas a avaliação desse lançamento não alcançou as nossas expectativas e não teve o mesmo sucesso comercial que o nosso álbum de estreia.


Nosso terceiro álbum, At Komorebi St., foi escrito em muito mais seções. Nós trabalhamos muito no material, por incontáveis horas, até um ponto em que chegamos à exaustão e ao delírio coletivos. Trabalhamos até o prazo final, mas conseguimos programar o lançamento para maio de 2005.


Apesar de esses álbuns terem sido escritos e produzidos por nós, o engenheiro de som daquela época tinha suas próprias ideias, o que resultou em vários conflitos. Devido a essas experiências, decidimos que era o momento de cortar os laços com a gravadora.


Em 2006, embarcamos na nossa primeira turnê no exterior, na Coreia, com dois shows: um em Seul e outro em Jeonju. Para nosso espanto, as vendas em Seul excederam as vendas em Tóquio. Em retrospecto, foi um momento extraordinário e não menosprezamos aquela experiência.


No ano seguinte, nós lançamos uma coleção de músicas inéditas, com o nome Afterglow. É uma mistura eclética de músicas que abrangem desde o compositor italiano Piero Piccioni e o lendário compositor brasileiro Antônio Carlos Jobim até a banda pop britânica dos anos 1960, Nirvana.

Em 2008, lançamos o Lamp Phantasma. A ideia por trás desse álbum foi criar um lançamento cheio da atmosfera e do imaginário japonês, tendo como modelo as nossas músicas Cherry Blossom Love e UTAKATA-KITAN e também Me, Japanese Boy do Harpers Bizarre. Esse foi o primeiro dos nossos trabalhos a ser completamente produzindo por nós, e eu acho que alcançamos o som que queríamos criar desde o começo.


Em maio de 2010, enquanto esperávamos pelo trem no interior, eu tive a ideia de lançar um álbum de cinco faixas. Fizemos a gravação rapidamente para cumprir o prazo de lançamento. Inacreditavelmente, nós conseguimos lançá-lo no começo de agosto, com o título The Poetry Of August.

Em 2011, nós lançamos o Tokyo Utopia Communications, um álbum composto de músicas escritas entre 2006 e 2011. Eu acho, pessoalmente falando, que esse álbum transborda a nossa escrita e produção mais originais até agora.


Em 2014, para o nosso sétimo álbum, que chamamos de Yume, a Polystar cuidou do lançamento. Junto ao CD, lançamos também uma versão em vinil, que foi muito bem recebida e esgotou imediatamente. Como um álbum pop, eu sinto que ele tem uma boa variedade, e muitas dessas músicas têm ganhado popularidade durante os anos, como SachikoAutumn In City" A " e Symphony.

Depois disso, deixamos a Polystar e abrimos a nossa própria gravadora, a Botanical House.

Em 2017, expandimos uma turnê asiática e os resultados excederam as expectativas.

Em abril de 2018, nós lançamos o Her Watch e apoiamos o lançamento com 21 shows, nossa maior turnê, o que foi um sinal muito positivo para a gente. Esse álbum foi profundamente influenciado pelo nosso interesse na música brasileira dos anos 1980.


No mesmo ano, no Liquid Room em Ebisu, Tóquio, os ingressos esgotaram no mesmo dia que as vendas começaram. Também esgotamos o show de verão que fizemos em abril. Voltamos à Ásia e passamos pela China, Hong Kong, Taiwan e Coreia. Fizemos nosso primeiro show na Indonésia para uma multidão entusiasmada e compassiva.


Consultas a respeito de agendamentos internacionais: paul.chu@liveexsam.co.jp

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