Lamp: A História 2000-2020
O guitarrista Taiyo Someya leva os fãs pela história da banda de pop contemporâneo Lamp.
Em comemoração
ao 20º aniversário do Lamp, temos orgulho em compartilhar uma biografia da
banda escrita pelo guitarrista Taiyo Someya. Neste artigo detalhado, ele
fornece algumas informações sobre os trabalhos anteriores do Lamp e alguns
pontos de destaque em sua jornada.
Eu lembro que era fevereiro de 2000 quando
eu, Taiyo Someya, junto a Yusuke Nagai e Kaori Sakakibara formamos o
grupo Lamp. Naquela época, nós
escrevemos as músicas juntos, como uma banda, e juntamos material suficiente
para uma fita demo.
Em 2001, em um pequeno bar de Tóquio, nós
fizemos o nosso primeiro show. (A história segue com todos curtindo aquele
momento, risos.) Naquele ano, nós enviamos uma demo, com quatro músicas, para
algumas gravadoras e recebemos alguns feedbacks empolgados. Contudo, quando nos
encontramos cara-a-cara, de alguma forma, a situação mudou e saímos sem fechar
nenhum acordo.
No ano seguinte, nós preparamos uma demo
substancial com 10 músicas. Foi naquele momento que encontramos Sakuma, representante da Motel
Bleu – um selo musical independente –, que, eventualmente, lançou o nosso
primeiro material: o álbum de estreia, Soyokaze Apartment Room 201,
e os dois álbuns seguintes, To Lovers e At Komorebi
St.
Em 2003, após o lançamento de Soyokaze
Apartment Room 201, nós entramos em um período de frustração
interminável. Acreditando que esse álbum se tornaria um sucesso entre os
ouvintes, nós apoiamos o lançamento com uma turnê local de 13 shows.
Também foi o momento em que decidimos que era de
nosso interesse ter o controle criativo de tudo e não deixar a gravadora
decidir por nós. Com isso em mente, nós escrevemos o álbum To Lovers com
uma atitude “nós contra o mundo”.
To Lovers ainda é muito popular entre os nossos ouvintes, dentro e fora do Japão.
A maioria dos nossos seguidores de longa data e fãs de hardcore consideram esse
álbum uma façanha – nossa obra-prima. Mas a avaliação desse lançamento não
alcançou as nossas expectativas e não teve o mesmo sucesso comercial que o
nosso álbum de estreia.
Nosso terceiro álbum,
At Komorebi St., foi escrito em muito mais seções. Nós trabalhamos
muito no material, por incontáveis horas, até um ponto em que chegamos à
exaustão e ao delírio coletivos. Trabalhamos até o prazo final, mas conseguimos
programar o lançamento para maio de 2005.
Apesar de esses álbuns terem sido escritos e
produzidos por nós, o engenheiro de som daquela época tinha suas próprias
ideias, o que resultou em vários conflitos. Devido a essas experiências,
decidimos que era o momento de cortar os laços com a gravadora.
Em 2006, embarcamos na nossa primeira turnê no
exterior, na Coreia, com dois shows: um em Seul e outro em Jeonju. Para nosso
espanto, as vendas em Seul excederam as vendas em Tóquio. Em retrospecto, foi
um momento extraordinário e não menosprezamos aquela experiência.
No ano seguinte, nós lançamos uma coleção de
músicas inéditas, com o nome Afterglow. É uma
mistura eclética de músicas que abrangem desde o compositor italiano Piero Piccioni e o lendário
compositor brasileiro Antônio Carlos Jobim até
a banda pop britânica dos anos 1960, Nirvana.
Em 2008, lançamos o Lamp Phantasma. A
ideia por trás desse álbum foi criar um lançamento cheio da atmosfera e do
imaginário japonês, tendo como modelo as nossas músicas Cherry Blossom Love e UTAKATA-KITAN e também Me, Japanese Boy do Harpers
Bizarre. Esse foi o primeiro dos nossos trabalhos a ser completamente
produzindo por nós, e eu acho que alcançamos o som que queríamos criar desde o
começo.
Em maio de 2010, enquanto esperávamos pelo trem
no interior, eu tive a ideia de lançar um álbum de cinco faixas. Fizemos a
gravação rapidamente para cumprir o prazo de lançamento. Inacreditavelmente,
nós conseguimos lançá-lo no começo de agosto, com o título The Poetry Of August.
Em 2011, nós lançamos o Tokyo Utopia Communications, um
álbum composto de músicas escritas entre 2006 e 2011. Eu acho, pessoalmente
falando, que esse álbum transborda a nossa escrita e produção mais originais
até agora.
Em 2014, para o nosso sétimo álbum, que chamamos
de Yume, a Polystar cuidou do
lançamento. Junto ao CD, lançamos também uma versão em vinil, que foi muito bem
recebida e esgotou imediatamente. Como um álbum pop, eu sinto que ele tem uma
boa variedade, e muitas dessas músicas têm ganhado popularidade durante os
anos, como Sachiko, Autumn In City" A " e Symphony.
Depois disso, deixamos a Polystar e abrimos a
nossa própria gravadora, a Botanical House.
Em 2017, expandimos uma turnê asiática e os
resultados excederam as expectativas.
Em abril de 2018, nós lançamos o Her Watch e apoiamos o
lançamento com 21 shows, nossa maior turnê, o que foi um sinal muito positivo para
a gente. Esse álbum foi profundamente influenciado pelo nosso interesse na
música brasileira dos anos 1980.
No mesmo ano, no Liquid Room em Ebisu, Tóquio,
os ingressos esgotaram no mesmo dia que as vendas começaram. Também esgotamos o
show de verão que fizemos em abril. Voltamos à Ásia e passamos pela China, Hong
Kong, Taiwan e Coreia. Fizemos nosso primeiro show na Indonésia para uma
multidão entusiasmada e compassiva.
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