Entrevista Exclusivo

Entrevista com ARKTA

31/03/2024 2024-03-31 17:22:00 JaME Autor: Nana, Marcela

Entrevista com ARKTA

A banda ARKTA conversou conosco sobre seu primeiro EP, "From where the city lights burn", suas influências musicais e seus planos para o futuro.


© Monica Castaloni

A  dupla de rock alternativo ARKTA é formada por dois integrantes: o vocalista e letrista Tak e o vocalista, guitarrista e compositor kenken. De Los Angeles, Tak é o locutor do New Japan Pro-Wrestling e também faz parte da banda Quietude. kenken é de Tóquio e é ex-integrante da banda de metalcore DELHEZI. A dupla aplica bastante o conceito de "faça você mesmo" e é responsável por cuidar das gravações, mixagem e masterização de todo o seu trabalho.

Após o lançamento do seu primeiro EP, From where the city lights burn, conversamos com a dupla sobre sua história na música, o conceito do lançamento, suas influências musicais e seus planos para o futuro.

Vocês poderiam se apresentar para os nossos leitores que ainda não conhecem a música da ARKTA?

ARKTA: Nós somos uma dupla híbrida de rock formada por Tak (vocalista) de Los Angeles e kenken (vocalista e produtor) de Tóquio. Tendo como base o nu-metal e o emo, nós entrelaçamos intricadamente "histórias" nas nossas músicas, mesclando gritos intensos com melodias emocionantes e belas. A nossa inspiração vem não apenas das nossas experiências pessoais, mas também de anime, mangá e videogames. A nossa música se foca em temas como "os altos e baixos da vida" e "perspectivas sobre a vida e a morte".

A dupla começou em 2020, durante a pandemia, e os membros moram em países diferentes. Podem nos contar um pouco sobre como a banda se formou? Vocês já se conheciam de projetos anteriores?

ARKTA: O projeto começou quando trabalhamos nas músicas de encerramento dos personagens do jogo "Slow Damage", lançado pela NITRO CHiRAL em 2021. Quando ainda estávamos ativos em bandas diferentes, kenken chamou Tak para ser "screamer" do projeto, o que levou à formação da ARKTA. Como moramos em países diferentes, a maior parte da nossa produção musical é feita remotamente. Nos encontramos pela primeira vez em 2011, quando kenken – na época guitarrista de apoio da Another Story – veio fazer um show em Los Angeles. Ficamos amigos e, desde então, viajamos diversas vezes entre o Japão e os EUA.

Em projetos como a DELHEZI, kenken era, principalmente, guitarrista. Como é ser vocalista da ARKTA agora?

kenken: Sim, eu costumava tocar guitarra nas outras bandas, mas também toquei e programei instrumentos como baixo e piano por muito tempo. Além disso, eu era compositor nas minhas bandas anteriores à ARKTA. Eu sempre quis expressar a minha música usando a "minha voz como instrumento", então decidi me desafiar como vocalista da ARKTA. Cantar sempre foi minha paixão, então fazer parte da ARKTA é demais. Sinto como se tivesse me dado uma nova maneira de me expressar e expandir meus horizontes musicais. Mas nada disso acontece sem desafios. A maioria das músicas da ARKTA é em inglês, e como esta não é a minha língua materna, tenho dificuldades com a pronúncia. Felizmente, o Tak, que é bilíngue, me ajuda com isso. Além disso, eu não tinha experiência de palco como vocalista, então ainda não estou completamente satisfeito com a minha performance. Mas estou me esforçando diariamente para melhorar.

Durante a pandemia, Tak se tornou locutor da New Japan Pro-Wrestling. Qual é a sua relação com o esporte e como surgiu essa oportunidade? Quais são as semelhanças e diferenças entre entreter um público como locutor e como músico?

Tak: Um conhecido mandou um vídeo meu para o CEO da New Japan Pro-Wrestling nos Estados Unidos, porque eles estavam procurando um locutor japonês que morasse em Los Angeles. Como eu era só um fã, foi surreal quando eles entraram em contato comigo. Como eu estou acostumado a gritar no palco com a minha banda, ser locutor de luta livre não foi um problema para mim. A principal diferença entre ser vocalista em um palco e ser locutor em um ringue é o público. No palco, eu entretenho as pessoas diretamente, mas como locutor, preciso me certificar de que os lutadores se destaquem e animem o público. Essa experiência renovou as minhas energias.

From where the city lights burn é o primeiro EP da dupla. O que podem nos dizer sobre o conceito deste lançamento?

ARKTA: O nome do EP representa as nossas cidades natais, Los Angeles e Tóquio. Escolhemos esse título esperando que as luzes dessas duas cidades alcancem o mundo inteiro. O conceito é "a fragilidade de viver na realidade atual". Cada música fala sobre "a beleza e a fragilidade de coisas que são ambíguas e frágeis". Enquanto algumas músicas se concentram em amores não correspondidos e despedidas eternas, emoções como a sede pela vida, saudade e sentimentos pelos amigos com quem compartilhamos a vida também estão distribuídas nessas cinco músicas. Como este é o primeiro EP da ARKTA, essas cinco músicas servem como a nossa apresentação.

Em abril, vocês se apresentarão com a banda ACME em Tóquio. Como surgiu essa parceria, e quais são suas expectativas?

ARKTATak fez contato quando tocou com a banda americana dele, a Quietude, durante a turnê da ACME pelos Estados Unidos. Como a viagem de Tak para o Japão em abril já estava planejada para promover o lançamento do EP, descobrimos que um dos membros da ACME estaria fazendo um evento de aniversário durante a estadia dele, então fomos convidados a nos apresentar como banda de abertura. Este será o segundo show da ARKTA no Japão. StellarStairs, outro projeto de kenken e que contribuiu com a terceira faixa do nosso EP, The End, será a banda de apoio do nosso show. Como a ARKTA é uma dupla vocal, estamos animados com a oportunidade de nos apresentarmos com uma banda.

Quais as suas influências musicais?

ARKTA: A música da ARKTA tem influências profundas do Linkin Park. Apesar de nos inspirarmos no som de bandas nu-metal e emo dos anos 2000, como Slipknot e Story of the Year, também buscamos inspiração em bandas mais recentes, como Memphis May Fire, Bad Omens e Bring Me the Horizon. Ambos também temos fortes laços com a cena visual kei, com bandas como Dir en Grey, X JAPAN e LUNA SEA moldando o nosso início musical. Além disso, somos fortemente influenciados pela cultura do "loud rock" japonês, como a Pay Money to My Pain e Coldrain.

Vocês interagem frequentemente com o público internacional pelas redes sociais?

ARKTA: Sim, nós postamos nas redes sociais em inglês e japonês. O X (Twitter) é principalmente para os fãs japoneses, mas o Instagram tem seguidores de vários países. Sempre vemos e compartilhamos as postagens dos fãs, então, por favor, compartilhem e falem sobre a ARKTA nas redes sociais! Ocasionalmente fazemos lives do Space do X (Twitter) e no TwitCasting (uma plataforma japonesa de streaming). Também estamos pensando em fazer lives no Instagram no futuro.

Quais os objetivos da ARKTA para o futuro?

ARKTA: Um dos objetivos da ARKTA é envolver a nossa música com a série "Gundam". Tak e kenken são grandes fãs de "Gundam". Na verdade, The Lily e The Last Day foram inspiradas por personagens da série. Para alcançar esse objetivo, continuaremos a escrever músicas emocionalmente cativantes que ressoem em muitas pessoas e nos esforçaremos para realizar shows cheios de paixão.

Por favor, deixem uma mensagem para os nossos leitores.

ARKTA: Acreditamos que muitos leitores do JaME são apaixonados pela música e pela cultura japonesa, e nós não somos exceção. Como ARKTA, fomos profundamente influenciados pela cultura japonesa, tanto de dentro quanto de fora, e isso é grande parte da nossa música. A ARKTA está apenas começando como banda, mas estamos determinados a continuar compartilhando a nossa música com o mundo, repleta das nossas emoções e mensagens. Um dia, vamos nos encontrar na sua cidade. De Los Angeles a Tóquio, estamos prontos para iluminar o mundo.

O JaME gostaria de agradecer à ARKTA e à JUS Management pela oportunidade da entrevista.

Confira a seguir o vídeo de aniversário que a ARKTA nos enviou:

 Site oficial  Instagram  X (Twitter)  Canal oficial no YouTube  Ouça a ARKTA no Spotify
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