Entrevista

Entrevista com o PUFFY em Paris

31/01/2010 2010-01-31 00:01:00 JaME Autor: Ayou & Sofi Tradução: Hikari

Entrevista com o PUFFY em Paris

O PUFFY respondeu às nossas perguntas sobre seu álbum Bring It! e sua experiência no Japan Expo.


© PUFFY - JaME - Philippe Hayot
O PUFFY é uma dupla feminina que dispensa apresentações. Com um carreira de quinze anos, no último mês de junho elas lançaram o álbum Bring It!, que chegou à Europa no mês seguinte. A dupla tirou um tempo para responder nossas perguntas sobre o álbum, suas experiências na França e seus planos futuros.


Olá! Vocês poderiam se apresentar para os leitores que ainda não as conhecem?

Yumi: Eu sou Yumi, de Osaka. Tenho 34 anos. Eu gosto de comer, uh... soba (macarrão japonês).
Ami: Meu nome é Ami. Eu sou de Tóquio e tenho 35 anos. Gosto de comer milho e yakitori (frango grelhado no espeto).

Ami, em uma palavra, como você descreveria Yumi? E a mesma pergunta para Yumi, sobre Ami.

Ami: Ah, que difícil... O fato de ela não poder ser resumida em uma palavra, essa é a Yumi.
Yumi: Timidez!

Vocês vieram para a França pela primeira vez para um show e para a Naruto Festa. Como foi a experiência?

Ami: A princípio, nós achávamos que ninguém nos conhecia. Nós tínhamos uma interrogação sobre o assunto. Nós achávamos que ninguém iria, então ficamos preocupadas no início. Mas, no fim, acabamos nos divertindo muito porque muitas pessoas apareceram, foi uma grande surpresa para nós.

Dez anos atrás, vocês imaginavam que um dia iriam para a Europa?

Yumi: Não, de forma alguma. Nós nem sabíamos se ainda existiríamos dez anos depois. Nós nos perguntávamos até se faríamos um segundo álbum! Realmente não imaginávamos...

Quais são seus artistas favoritos?

Ami: Vanessa Paradis.
Yumi: Por causa do álbum em que ela cantou em inglês, certo?
Ami: Sim, mas há também um álbum ao vivo em que ela canta em francês.

O que vocês acharam dos fãs franceses? Eles são diferentes dos americanos e japoneses?

Yumi: Nós não conseguimos ver muito da plateia, mas a primeira coisa que vem à mente é que os franceses escutam atentamente às músicas, e depois aplaudem muito. Nós ficamos felizes por vê-los reagirem dessa forma.

Vocês começaram o show com seu primeiro single, Asia no Shushin (1996). Houve algum motivo em especial para vocês escolherem essa música?

Ami: Basicamente, essa música é um tipo de apresentação. Como você disse, ela representa o início da nossa carreira, e todos a conhecem no Japão. Nós queríamos ver se o público francês também a conhecia.

Vocês irão, ou já foram, a Paris?

Yumi: Eu precisava de um descanso hoje. Mas A-chan (Ami) pôde visitar o Museu do Louvre e o Arco do Triunfo. Ela gostou da paisagem e do ambiente de Paris. Eu, por outro lado, estava dormindo.

Vocês acham que voltarão para mais uma turnê europeia? Uma turnê americana também está em seus planos?.

Yumi: Primeiro nós faremos uma turnê pelo Japão, depois vamos participar de alguns festivais japoneses. Por enquanto nós não estamos pensando além, no que vai acontecer no futuro.

Vocês acham que podem incluir gravações ao vivo do Japan Expo em um DVD ou algo assim?

Ami: Nós não tínhamos pensado nisso!

Agora, nós gostaríamos de falar do álbum Bring It!, lançado recentemente. Ele tem vários estilos musicais: rock (All because of you), pop-latino (Wedding Bell), retro jazz (Hare onna), e assim por diante. Vocês quiseram fazer um álbum tão eclético quanto possível?

Ami: O conceito do álbum foi convidar músicos e compositores dos quais nós gostamos para compor músicas para o PUFFY com sua visão do grupo. Então, nós não sabíamos como ficaria quando começamos. Foi uma verdadeira descoberta, mas nós sabíamos que iríamos gostar.

Havia alguma mensagem ou tema que vocês queriam transmitir através desse álbum?

Yumi: Na verdade, não. É possível dizer que o tema desse álbum foi o show. A ordem das músicas pode ser a set list de um show. Foi assim que criamos esse CD. Agora, se as pessoas que o escutam têm uma imagem positiva ou podem encontrar uma moral, nós ficamos muito felizes, e é isso que nós estamos buscando.

Vocês cantam algumas de suas músicas em inglês agora. Vocês já pensaram em cantar em alguma outra língua, como francês?

Ami: (risos) Na verdade, nós temos uma pergunta: você acha que nós deveríamos cantar em francês?

Para uma música, essa poderia ser uma boa ideia, no sentido de que o público francês teria mais interesse, por exemplo. Dá pra ver na reação do público na casa de shows a cada vez que vocês falam francês. Eles adoram isso!

Ami: (risos) Sim, é verdade! Bem, então nós faremos o possível! (risos)

Nesse álbum vocês trabalharam com Butch Wlaker, entre outros. Vocês podem nos falar mais sobre ele?

Yumi: Nós conhecemos o Butch Walker desde 2006, e ele trabalhou conosco em nossos dois últimos álbuns. Ele é um cara muito legal, alguém de quem gostamos muito.
Ami: Ele se tornou indispensável para o PUFFY!

Para a música Hiyori Hime, composta e escrita por Sheena Ringo, vocês fizeram um PV no qual aparecem como mulheres da yakuza. De onde surgiu essa ideia?

Ami: A ideia surgiu quando nós estávamos discutindo com nosso diretor o que fazer, e ele mencionou que nós nunca usamos o tema yakuza em nossos vídeos. Então, Yumi e eu dissemos, “por que não agora?”.

Como foram as gravações? Nós as vemos matando uma à outra, vindas de dois clãs rivais.

Ami: Na verdade, nós gravamos esse PV em um dia. Nós filmamos várias cenas que dão a impressão de terem levado vários dias para serem feitas, mas foi muito divertido.

Por que vocês fizeram um cover da música Wedding Bell, do trio Sugar, de 1981?

Yumi: Nós nos aproximamos dessa música como uma música genérica para um dorama. Ela já era bem conhecida no Japão, então nós nos preocupamos em como arranjá-la e fazer algo próprio. Enquanto trabalhávamos nela, encontramos o estilo CE pelo qual estávamos procurando, e gostamos tanto que não pudemos deixar de incluí-lo no nosso álbum.

Quais são seus projetos musicais para o futuro?

Ami: Ah, essa é difícil! (risos)
Yumi: Nós estamos concentradas no lançamento de Bring It!. É um álbum com o qual nós ficamos muito satisfeitas, então gostaríamos de lançá-lo em outros países!

Vocês acham que vão explorar outros estilos musicais no futuro?

Ami: Ah, sim, nós gostaríamos... Eu devo acrescentar que nós estamos nos divertindo cada vez mais com apresentações ao vivo, então teremos mais estilos para os shows.

Vocês têm interesse em aparecer em filmes ou doramas?

Yumi: Eu já participei, mas não é algo que eu queira fazer agora; minha vida como música é minha prioridade. Mas eu posso dizer que aprendi muito com essas experiências anteriores!

Com quais artistas vocês gostariam de trabalhar no futuro?

Ami: Há um produtor japonês chamado Tamio Okuda, e ele meio que nos lançou e nos produziu desde o início, mas não pôde repetir isso em Bring It!. Nós realmente gostaríamos de trabalhar com ele novamente.

O que vocês fazem além de música?

Yumi: Nos dias em que não trabalho, eu fico em casa para fazer faxina ou relaxar.
Ami: Eu fico com meus filhos e nós vamos pescar! (risos)

A qual álbum vocês estão escutando atualmente?

Yumi: Bring It! (risos)
Ami: No álbum há uma música chamada Bring It On. O compositor tem uma nova banda agora, e eu tenho escutado o CD deles. (O compositor é Takeshi Okumi, ex-ELLEGARDEN, atual membro do the HIATUS).

Há algum país que vocês gostariam de visitar?

Yumi: Peru! Para passear! (risos) Vamos todos juntos agora!
Ami: Há vários países europeus pelos quais eu me interesso, como Itália, Espanha e Alemanha.

Alguma mensagem para seus fãs?

Yumi: Esse album é nosso melhor feito, então esperamos que os franceses e europeus gostem muito!


O JaME gostaria de agradecer ao PUFFY, assim como à Sony Music Japan e à Wasabi Records por essa entrevista.
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