A performance de estreia nos EUA do exist†trace no Sakura-Con 2011 contou com uma multidão de pessoas da convenção e fãs.
O exist†trace se apresentou pela primeira vez nos Estados Unidos na primeira noite da popular convenção anual em Seattle, o Sakura-Con 2011. Sua aparição foi conectada ao lançamento do seu álbum, Twin Gate, que está disponível através da gravadora JapanFiles e também podia ser comprado na convenção.
Entre cosplays selvagens, estilos visuais enlouquecedores e uma infinidade de passatempos no primeiro dia do Sakura-Con 2011, uma conversa animada encheu o interior do auditório. Os fãs fizeram fila e esperaram diligentemente próximo à porta do palco principal no Auditório 4B, na mesma área onde seriam dados os autógrafos mais tarde. O tempo passou e a antecipação aumentou, alguns fãs mostravam a sua felicidade, enquanto outros guardavam a sua energia.
No momento em que o sinal foi dado aos fãs para seguirem para a área do palco principal, uma série de gritos altos ecoaram na enorme sala, todos atravessando calmamente as portas indo para a sala do palco principal. O palco principal era grande e atendia a um público extremamente grande. Diretamente em frente ao palco estava o espaço para bater cabeça; atrás disso havia um espaço aberto com uma fileira de cadeiras de cada lado. Atrás da área de som ficava a última área para sentar, bem lá atrás. A área do bate cabeça encheu primeiro, alguns ficando nas áreas além das cadeiras para ficarem mais próximos do palco. Não importou onde cada pessoa ficou — os fãs que estavam lá para ver o exist†trace estavam incontrolavelmente excitados.
Enquanto o público continuava a esperar por mais de meia hora, muitos manifestaram seu incômodo com gritos, enquanto outras dividiam o peso de um pé para o outro. Aproximadamente cinco minutos depois, uma série de luzes brancas que emularam o flash de uma câmera daqueles que estavam na área de bate cabeça, seguida por uma mensagem de “proibido fotos com flash”. Junto a isto foram feitas várias tentativas de cobrir o palco com fumaça artificial branca para ocultar a banda que apareceria no palco, bem como para despertar a multidão. Era uma ideia nova, mas já que o público estava esperando mais do que o necessário e a fumaça tinha gradualmente se esvaído, o processo foi repetido diversas vezes. Os dois eventos combinados ocorreram várias vezes e, após oito ou nove vezes, irritou o público que estava ansioso para ver o exist†trace.
Finalmente, quando as luzes diminuíram de um azul profundo para o preto, a multidão gritou imediatamente já que sabiam que o momento havia chegado. Qualquer raiva sentida durante a espera se dissipou no ar, pois já não importava. O logo do exist†trace atravessou as três telas projetoras no palco. Os membros passearam pelo palco e pegaram seus instrumentos. De costas para o público, elas moveram seus corpos selvagemente, quase como se estivessem dançando e tocando uma pequena introdução antes da primeira música, JUDEA.
A fumaça branca subia no palco e atravessava a área de bate cabeça. Luzes azuis e vermelhas piscaram em intervalos por cima do palco e da multidão; luzes rosas e amarelas foram introduzidas depois no primeiro refrão. Gravações ao vivo dos membros da banda sendo filmadas naquele momento foram transmitidas e exibidas em dois dos três telões atrás delas. A vocalista Jyou rosnou durante toda a canção, mas em alguns momentos sua voz era difícil de ouvir sobre a bateria de Mally. No fim da música, Jyou parou para tomar um gole d’água e falar rapidamente com o público. Ela perguntou se todos estavam “genki?!” ("genki" significa "bem" em japonês) antes de rapidamente começar a próxima música, VANGUARD.
Jyou se apresentou numa segunda vez, desta vez falando mais devagar. Ela continuou a falar sobre o apoio dos fãs e de sua excitação por estar nos Estados Unido pela primeira vez. A música selvagem logo retornou em New Song quando duas ondas de fumaça branca e luzes vermelhas inundaram a área de bate cabeça. A maior parte da iluminação podia ser vista na frente do palco, em comparação com o fundo do auditório que permaneceu praticamente no escuro.
O público sentiu o calor em Requiem. A música era ligeiramente eletro dos anos 80 e ao mesmo tempo tinha um tom gótico; a iluminação adicionou uma sensação de calor como fogo. Jyou trabalhou o microfone, colocando seu corpo em volta, para combinar seu bate cabeça com a batida da bateria. O rugido da guitarra hábil de Omi correu pelos seus dedos e braços, enquanto ela sorria brilhantemente para a multidão — ela estava se divertindo. Miko estava um pouco menos chamativa em seu lugar, mas seus cachos balançavam para frente e para trás enquanto ela batia cabeça com a batida.
O som assustador em inglês intrigou um pouco no começo da balada, Cradle. Jyou colocou uma mão no coração, enquanto cantava momentaneamente em inglês, lentamente soltando a mão ao lado do corpo para coincidir com a lentidão da canção. A plateia se balançava quase como se pudessem sentir as emoções de cada membro durante a canção. Logo que Cradle terminou, aquele sentimento de calma, e melancolia escapuliu para o silêncio e as emoções mudaram. Um sofrimento intencional ondulou sobre a pele de cada membro e foi impressa em seus rostos durante toda Orleans no Shoujo. Essa música chegou ao extremo e a multidão reagiu como tal, batendo cabeça com mais energia do que nunca.
Logo que a décima música terminou, os membros do exist†trace saíram do palco quase que imediatamente. O público reagiu rapidamente — pedindo por mais e entoando “exist†trace, exist†trace” em retorno por um encore. Não mais do que cinco minutos se passaram e Jyou trouxe os membros de volta ao palco para um encore. Entretanto, quando Jyou entrou no palco, ela trouxe duas bandeiras: uma do Japão e uma dos Estados Unidos. Ambas com o kanji de “kizuna” ("kizuna" significa "laço" em japonês) nela, ilustrando o profundo laço entre os dois países. Antes de o encore começar, Jyou fez um pequeno discurso em japonês sobre os eventos recentes do terremoto Touhoku e o estrago que foi feito. Ela continuou a dizer que o apoio dado ao Japão pelos Estados Unidos foi extremamente apreciado e este laço entre os dois países é profundo, sendo este um motivo concreto para usar “kizuna” para descrever o relacionamento entre os dois países.
Logo que a música começou novamente com a bem conhecida RESONANCE, o público cantou junto, já que sabiam a letra. Surpreendentemente, Jyou enrolou a bandeira americana nos ombros e continuou a cantar. Músicos americanos raramente fazem isso; mesmo aqueles que fazem, não é com tanta paixão, então foi uma surpresa ver um músico japonês no palco, orgulhosamente com a bandeira de outro país.
Este momento ficou na cabeça de cada pessoa da plateia, mesmo aqueles que saíram do auditório. Alguns fãs fizeram uma curva em U e entraram no salão da próxima porta para pegar autógrafos, enquanto outros invadiram o lobby de fora do palco principal e se misturaram com outros, esperando voltar no tempo e reviver aquela uma hora e meia.
Set list:
01. JUDEA
02. VANGUARD
-MC-
03. New Song
04. Ambivalence
05. Requiem
-MC-
06. Cradle
-MC-
07. Orleans no Shoujo
08. DECIDE
09. Liquid
-MC-
10. Owari no nai Sekai
Encore
01. RESONANCE