Não foi a toa que os dois últimos singles do Acid Black Cherry ficaram entre os 10 no ranking da ORICON. Pistol, lançado em setembro, ocupou a terceira posição na semana 39 do ORICON Charts e Shangri-La, em outubro, ocupou a quarta posição da semana 43.
Contendo duas músicas cada, são discos bem amarrados, bem montados. Em seus lançamentos de 2011, a banda vem puxando um pouco mais no ritmo, com batidas animadas, cadenciadas; a guitarra distorcida e os riffs elaborados também estão presentes, dando suporte ao vocal e originalidade a música. As linhas de baixo estão bem presentes também, cada instrumento apresentando seu próprio brilho no resultado final da música.
Pistol nos recorda os tempos de Yasu no JANNE DA ARC, talvez a presença forte do bumbo na bateria, o som mais de rock'n’roll em vez de uma balada romântica como apresentado no álbum Recreation 2 de 2010 e os álbuns e singles anteriores. A coisa está mais dançante, mais sensual, o que inclusive combina com a capa do single, com o vocalista vestindo estampas de onça, com o fundo combinando, quase o camuflando. Talvez a banda esteja apresentando um lado mais selvagem, mais desafiador.
Shangri-La já começa tão animada quanto o single de setembro, mas um pouco mais leve. A primeira música, que leva o nome do álbum, é suave, apesar de sua batida rápida, e bastante positiva levando o ouvinte a se sentir bem já nos primeiros acordes, deixando-o leve, simples assim, feliz. A segunda faixa do single, Kanashimi ga Tomaranai, começa com piano, mas não os que acompanham as baladas românticas da banda. É um estilo já usado antes por Yasu, mas de alguma forma reinventado, pois o refrão cresce de uma forma antes não testada pela banda. Seria uma música facilmente vista em um drama oriental, de uma personagem animada, viva que está passando por algum tipo de situação engraçada e ao mesmo tempo difícil.
São dois singles distintos em sua mensagem. Pistol é mais pesado que Shangri-La, o que bem se percebe até por seus títulos. O que ambos tem em comum é um novo caminho. Acid Black Cherry está apontando em uma nova direção, talvez com a mesma mensagem, mas com uma nova abordagem. Vale muito a pena conferir, principalmente para os fãs de JANNE DA ARC. Afinal, o vocalista continua brilhante principalmente quando toma a dianteira nas músicas para só sua voz aparecer. Ambos os singles foram comercializados em suas versões limitada e regular. As versões regulares apenas contém o CD com as duas faixas, enquanto as versões limitadas trazem para os fãs um DVD com a música título do single além de um OFF-SHOT
Está vindo por aí, ainda, no dia 16 de novembro o single Chou, o que leva o Acid Black Cherry ao terceiro single lançado consecutivamente. Aos fãs da banda e de JANNE DA ARC vale a pena conferir, pode ser que esteja nascendo uma nova mistura dos dois, que nas mãos de Yasu com certeza será surpreendente e explosiva.